17 de outubro de 2005

O tempo da crónica

A ler no último Jornal de Letras a coluna de Carlos Reis, denominada Trabalho de Casa, com um texto sobre a crónica como género literário. Respigam-se uns pedaços.
Citando um texto de João Pereira Coutinho no Expresso, no qual o autor enuncia as dez leis fundamentais da crónica, Carlos Reis aborda algumas:
«A crónica pode partir da realidade mas, não raras vezes, a crónica cria a sua própria
realidade»;
«A crónica deve entreter e, se possível, opinar»;
«A crónica vive da diversidade»
«A crónica não vive da especialização»
«A crónica é pessoal […]»
«[A crónica] é um prolongamento do ego»;
«A crónica deve ser tão fácil de ler como de esquecer»

E citando Eça:
«A crónica é como que a conversa íntima, indolente, desleixada, do jornal com os que o lêem: conta mil coisas, sem sistema, sem nexo; espalha-se livremente pela natureza, pela vida, pela literatura, pela cidade […] fala das festas, dos bailes, dos teatros, das modas, dos enfeites, fala em tudo, baixinho, com se faz ao serão, ao braseiro, ou ainda de verão, no campo, quando o ar está triste».
Afinal, o que é que tantas vezes se faz por aqui nos blogues da Pólis…

P.S. – Sobre o enquadramento dos blogues no mundo comunicacional de hoje, a ler com interesse o post de Luís Carmelo no Miniscente, em 11 de Outubro…

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ora bem, daí as Krónikas Tugas!

terça-feira, outubro 18, 2005 12:39:00 da manhã  
Blogger Curiosa said...

Adorei a citação de Eça... Estamos sempre a aprender com este blogue... :)

terça-feira, outubro 18, 2005 8:35:00 da manhã  
Blogger Curiosa said...

Leitores assíduos deste blogue sentem falta de posts, é preciso petição?

quinta-feira, outubro 20, 2005 1:33:00 da manhã  

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