17 de outubro de 2005

Sporting, e agora?

O «meu» Sporting perdeu novamente. Desta vez por 1-0, em casa, com a Académica. Há 40 anos que a Académica não ganhava em Alvalade... E agora? Agora, Peseiro vai demitir-se ou será demitido. Não tenho grandes dúvidas acerca disso. Mas isso acontece apenas porque a direcção foi publicamente vaiada por um estádio inteiro a gritar em uníssono um cântico obsceno. Irá imperar o «ou ele, ou nós» e entre a direcção e Peseiro, cairá o último. Porque senão cairá também a direcção, atingindo o próprio âmago do clube. A situação é má demais. E quando a situação atinge o intolerável, todos nós encetamos estratégias de negação da realidade ou tentamos encontrar culpados. E isto é tanto mais válido quanto falamos de uma área em que, para além da racionalidade das tácticas e das estratégias, reinam as emoções. A Psiquiatria explica bem isto. E tudo isto era desnecessário, pois todos já havíamos visto – para além do próprio e de uns poucos mais – que Peseiro não tinha condições para treinar a equipa. A contestação evoluiu assim de Peseiro para a direcção. E isto era evitável. Curiosamente chegou menos aos jogadores. E porquê? Se afinal são eles que estão em campo, que perdem e que ganham os jogos! Porque nesta crise, eles são, apesar de tudo e curiosamente, os menos culpados. A equipa esteve apática, abúlica, parada, mas esteve em campo individualmente com brio e com pundonor. A equipa não teve organização, nem soluções, mas os jogadores estiveram em campo com profissionalismo. Não falemos sequer em táctica ou estratégia, na opção peregrina de João Alves como lateral-direito, etc. Falemos apenas de perfil psicológico, de atitude e de capacidade de liderança. É isso que é necessário a um treinador do Sporting, sobretudo nestes momentos, e é isso que Peseiro não tem. E termina-se, como sempre, com um grande «Viva o Sporting Clube da Pólis».
Foto - Record on-line

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não sei se os jogadores são assim tão inocentes. Não se mexem em campo, dá ideia que já deixaram "cair" o treinador. Aconteceu o mesmo com Jesulado no Benfica.
Agora, quem sabe Rui Santos não tem razão, e não deveriam ir para eleições antecipadas?

PS: Gostei do "pundonor". A fazer lembrar o histórico Alves dos Santos. E eu acrescentaria: com todo o arreganho e pertinácia!!! :-)

segunda-feira, outubro 17, 2005 5:41:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Notícias de última hora dão conta de que Peseiro pediu a demissão mas Dias da Cunha tenta concvencê-lo a ficar (www.maisfutebol.iol.pt). A acompanhar nas próximas horas.

segunda-feira, outubro 17, 2005 5:43:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Não disse que eram inocentes, disse apenas que eram os menos culpados. E mantenho. Não acredito numa orquestração colectiva anti-Peseiro. O Custódio ficou visivelmente perturbado depois da falha. O Beto e o Sá Pinto eram o sinal evidente do desalento. A TV é «assassina» e, para o bem e para o mal, mostra tudo: semblantes, expressões, etc. Os homens são jogadores não são actores de teatro. E estão numa baixa de forma colectiva, a precisar de recuperação. E que recuperação se fez nas últimas semanas: O blackout? A recolha na «toca» da Academia? O Peseiro a fugir da imprensa? A direcção ausente? E ontem. Porque é que o Peseiro não meteu o Carlos Martins, que sente o Sporting, e o + indicado para aquela ocasião e meteu o Wender, que acabou de chegar ao SCP? Mas, como disse, não vou falar de estratégia e de táctica, mas apenas de perfil e de condições psicológicas. Ainda bem que gostou do «pundonor». O «arreganho» não é para aqui chamado. Quiçá a pertinácia, mas não a utilizaria?!
Será que tenho de lhe oferecer um dicionário? Ou não é preciso?

segunda-feira, outubro 17, 2005 7:31:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Para quê? Acha que eu não tenho?

segunda-feira, outubro 17, 2005 10:08:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Não convém é que esteja só na estante. Hã que lhe dar uso! Para não misturar alhos com bugalhos. Ou seja, «arreganho» com «pertinácia».

segunda-feira, outubro 17, 2005 10:56:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Qual é o problema? É mais uma expressão à Alves dos Santos, tal como o "pundonor". E não são assim tão diferentes. Uma pode significar braveza, ousadia ou audácia, mas também ameaça. A outra obcecação, apego, obstinação ou constância. Onde é que está a grnade diferença?
E também há dicionários online, sabe? Não é preciso ir à estante tirar o pó. :-)
www.priberam.pt/dlpo

terça-feira, outubro 18, 2005 12:35:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Bom, esta é como a do borrego com lã de ovelha. Vale, por isso, a mesma argumentação utilizada no comentário à «Borregada», no Kronikas Tugas. Repete-se, então, o estribilho: «Tal como o clube, que tem uma roda de bicicleta no símbolo, pelos vistos tb os seus adeptos querem ficar sempre com a «bicicleta» nas discussões?» E tal como no dito comentário, recorda-se a estória do PSL (Pedro Santana Lopes) há uns bons anos atrás, à época Secretário de Estado da Cultura, quando, numa entrevista, para se armar ao «pingarelho», disse que uma das músicas de que gostava mais eram os concertos para violino de Chopin. Confrontado com a asneira, não reconheceu. E pôs o «pessoal» todo a procurar concertos para violino de Chopin e lá encontraram umas peças menores escritas por Chopin na juventude, ou coisa assim. Porém - azar o dele - essas peças nunca haviam sido gravadas, de onde PSL nunca as poderia ter ouvido. Posso garantir que, por aqui, ao contrário da nossa rainha Santa que transformou o pão em rosas, e do Kronikas Tugas que transformou cabritos em borregos, ainda não fazemos desses milagres...
P.S. - Tb conhecemos os dicionários on-line e até temos links para a troca, em caso de necessidade, bem entendido...

terça-feira, outubro 18, 2005 11:24:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ainda bem, mas eu não costumo escrever com o dicionário ao lado. Só se tiver dúvidas, o que não é caso. Mas se isso o satisfaz, fique lá com a roda da bicilceta, o quadro e a campainha. Eu prometo que não volto a usar as palavras "arreganho" e "pertinácia" na mesma frase, nem volto a dizer que as ovelhas têm lã e que os filhos são os borregos! :-)

quarta-feira, outubro 19, 2005 12:16:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Eu até percebo o seu mau humor pelas convulsões que se vivem em Alvalade, mas lá por isso não precisa de embirrar com tudo o que eu escrevo... E afinal, nem fui eu que pus lá a fotografia do animal.

quarta-feira, outubro 19, 2005 12:31:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Ainda agora vim do Kronikas Tugas e ainda não me posso ir deitar, caramba. Eu acho é que você, quem pôs lá a foto e as suas fontes está tudo a «borregar» na coisa... Foi uma aterragem falhada, é o que é... E assim sendo, é melhor falarmos sobre o «bicho» que está prato que, a julgar pelo aspecto, reunirá o consenso geral (+ a garrafa, é claro)

quarta-feira, outubro 19, 2005 3:16:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Ah, só para que conste, para usar o «borregar» com aquele sentido não precisei de ir ao dicionário... :-)

quarta-feira, outubro 19, 2005 3:17:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Pois é, só que se espalhou ao comprido na identificação do animal.

quarta-feira, outubro 19, 2005 3:51:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Ah, pois agora fui eu que me espalhei... Está certo?! Você e a sua fonte só estão habituados a ver o «borrego» e o «cabrito» no prato...

quarta-feira, outubro 19, 2005 7:11:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Já não há pachorra para esta conversa absurda. Parece as opções do Peseiro: não acerta uma. Custa-lhe muito admitir que errou? Grave não é errar, é persistir no erro.

quarta-feira, outubro 19, 2005 7:50:00 da tarde  

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