6 de outubro de 2005

«Remédios» - do monopólio ao oligopólio

Ainda sobre os medicamentos e na mesma notícia do Expresso, Grande Educador do Povo da Pólis ou GEPP, se nota que o dito João Cordeiro, presidente da Associação Nacional das Farmácias da Pólis, já percebeu a mudança do vento, também no que respeita à a questão da propriedade das farmácias, sem dúvida um dos mais cretinos monopólios que se conhecem e um dos últimos resquícios do corporativismo. Totalmente em contra-ciclo com os tempos de hoje em que tal não se justifica. Nessa área tudo é, hoje, asséptico. Findos os velhos boticários que manipulavam, entre balanças, potes e medidas, compostos e substâncias, hoje os medicamentos são pré-fabricados. Têm bula. Há quem lhe chame «literatura», embora à vista desta expressão o Pólis&etc. fique com um pouco de urticária… Ou então são «aviados» com receita médica onde também vem devidamente descrita a prescrição. Parte do povo da Pólis já tem um mínimo de informação médica que lhe permite distinguir os «remédios». O Pólis&etc. pede naturalmente licença ao Dr. Paulo Portas - a única pessoa em Portugal com menos de 65 anos a utilizar essa expressão - para também a usar. Parte do povo da Pólis já sabe o que é um anti-inflamatório, um anti-pirético ou um antibiótico. O povo da Pólis sabe que nas farmácias, as mais das vezes, não é atendido por um farmacêutico e mesmo quando é, isso não lhe traz nenhuma mais-valia significativa. João Cordeiro também sabe isto. Sabe também que estes dias estão a acabar. E vai daí já disse que quer criar uma empresa que seja a maior rede de farmácias do país… Está feito, substitui-se um monopólio por um oligopólio. Nem mais. São os negócios da Pólis…
Imagem - Museu da Farmácia

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1 Comments:

Blogger Peliteiro said...

Que trengo.
Então os ventos de mudança nas Farmácias?

sábado, maio 20, 2006 12:29:00 da manhã  

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