Locais alternativos...
Aqui vai mais uma, na linha do poste Que grande frete. Esta conseguiu-me tirar um sorriso dos lábios, tal a inverosimilhança do eufemismo. Dou alvíssaras a quem, sem contexto, conseguir descobrir a que é que se refere:
Associação Nacional dos Empresários de Locais Alternativos
Pois, fique-se sabendo que é a associação que na Alemanha reúne os proprietários de bordéis... A «coisa» vem na Visão, da semana passada, que traz uma curiosa reportagem sobre as «movimentações» dos bordéis, na Alemanha, com vista ao próximo Campeonato do Mundo de Futebol...
Etiquetas: Jornais, Língua Portuguesa
12 Comments:
Julguei que era algum empresário dos selos. Assim fico mais descansada. Ninguém vai ao engano.
Isso é que eu não sei, cara Maloud... Já viu se dá de caras numa qualquer rua de uma qualquer cidade alemã com um nome qualquer, seguido da designação «local alternativo» ou então «local alternativo x»... Confesso-lhe que entre os velhos eufemismos e os novos, prefiro os primeiros... Não me diga que entre as expressões «casa de meninas» e «local alternativo», não prefere a primeira?
Não conto ir à Alemanha, caro Politikos, e se fosse, como não sei alemão não perceberia nada. Em matéria de eufemismo, e é só disso que falo, prefiro "casa de meninas". Ainda conserva algo de humano. Quanto ao "negócio" propriamente dito, não sei o que pensar. Quando vejo por todo o lado a que vá, as "meninas" fazendo o trottoir, pergunto-me se não há uma hipocrisia imensa, nas sociedades que fecham os olhos a esta realidade.
Cara Luar
Não, não tem nada a ver. Tb me lembrei disso mas a etimologia das palavras não engana...
Luar e Maloud
«As meninas»?!?! Acabar com a clientela?!?!? Estamos a pensar só no «masculino», mas esclareço que a conjugação no «feminino» tb já não é tão residual assim e a «coisa» tem cada vez mais adeptas... É pelo menos o que dizem...
Hoje, a outra clientela sofreu um rude golpe. S.Exª o PR vetou a lei da paridade. Lá vamos nós mais uma vez inventar a roda. A norueguesa, a sueca,...não nos servem. Temos de ter a patente.
Pois assim parece, mas aquilo vai ser reformulado e passa à segunda, cara Maloud... Haja esperança... Mas não estou tão certo assim de aquela ser uma boa lei: 1/3 de «clientela» é muita coisa e pode gerar fenómenos perversos... Mas por mim gostava de ver mais dessa clientela nos altos lugares da Pólis...
Deixe lá! Já temos os fenómenos perversos no masculino. Então o PS daqui {eu sigo mais o PS} parece uma monarquia É só mudarmos o género.
Então? O pessoal gosta de alternar!
Quanto à questão da paridade, parece-me deslocada neste post, mas também me parece que não é com uma lei que se altera a prática. Além de que as visadas, nesse caso, ascendem aos lugares por imposição legal e não por mérito próprio. Parece-me a mim...
Os fenómenos perversos de que falo, cara Maloud, têm a ver com o facto de, para se formarem as listas, por exemplo, ter necessariamente de se preencher 1/3, indo-se por isso buscar mulheres, quaisquer mulheres, só porque tem de ser... E isso poder ser pernicioso para o «produto final» e tb para as próprias mulheres que não vêem lá as melhores, mas aquelas que podem lá estar... Além disso convém que quem vá marque a diferença e não que copie ou se submeta ao modelo dominante que é o que essas porventura fariam (ou farão)... Estão lá mas nada acrescentam... Mas, como já disse, não estou muito seguro desta minha opinião, como não estou da própria lei...
Neutro, portanto...
Ó Luar, desde quando é que a «prudência» e o bom-senso são atributos femininos ;-)
Caro Kroniketas, o «pessoal» deste blogue «alterna» os assuntos como bem quer... Aliás, sempre me disseram que o bom toucinho é o entremeado...
Enviar um comentário
<< Home