Alegria aos molhos
Ontem houve um encontro público qualquer entre Alegre e o seu núcleo duro. Para quê? Para saber o que Alegre irá fazer do mais de um milhão e votos que teve. Como se a pergunta se colocasse. Como já aqui se disse, a votação de Alegre não tem qualquer base estrutural e sociológica de apoio. É uma realidade conjuntural e inorgânica. Não tem qualquer elemento de agregação. E o candidato – que continua nas nuvens - em vez de esvaziar o balão, continua a alimentá-lo, prestando-se a um triste espectáculo e afirmando umas frases sibilinas do tipo: «iremos discutir temas do contrato presidencial». Seja lá o que isso for. Alguém lhe devia explicar, porém, que a eleição presidencial acabou. Alguém lhe devia explicar que também ele perdeu a eleição. Não foram só os outros. Aguardam-se as cenas dos próximos capítulos. Mas cheira-nos, pela amostra, que iremos ter continuar a ter «alegria aos molhos».
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