Votos alegres. O que fazer? Nada a fazer!
Os votos em Alegre desfizeram-se no preciso momento em que Soares terminou o seu discurso no Hotel Altis, reconhecendo a derrota e saindo de cena. Era esse o cimento que os agregava. Com a retirada de Soares, Alegre fica com um honroso segundo lugar e a ideia, muito meritória, aliás, de que há vida para além dos partidos e de que em novos combates outras «agregações», fomentadas por outros protagonistas e capazes de congregar e reunir pessoas, podem surgir, certamente não com estes votos, mas com outros votos e outras bases sociológicas. É, pois – para mim – totalmente disparatada a ideia de que pode surgir, em torno de Alegre, um novo partido, ou as conjecturas que se fazem sobre o que Alegre vai fazer com os votos. Não vai fazer nada, porque nada há fazer.
2 Comments:
Concordo, até porque a experiência demonstra que não há grande espaço para os partidos instituídos desde os pós-25 de Abril. Veja-se o que aconteceu ao PRD, em quem ainda depositei algumas esperanças e onde fiz a minha única incursão de campanha... Veja-se o que aconteceu ao partido do Prof. Manuel Sérgio e ao do Manuel Monteiro. Isso são aquelas especulações que os comentadores gostam sempre de fazer, tentando criar factos onde eles não existem. Essa hipótese só se poria se houvesse um "alegrismo", o que não me parece ser o caso.
Plenamente de acordo com a análise de Politikos e de Kroniketas. Alegre tem de analisar a origem dos seus votos - da esquerda de Soares - contra Soares (factor idade) - da sua origem aristocrática - por empatia com a sua pessoa (pose, romantismo, patriotismo). Mas tudo isso acabou e não existe força suficiente para mobilizar seja o quer fôr. Noto ainda que as pessoas estão cada vêz mais apolíticas, desmotivadas e descrentes. Continue pois a sua vida de poeta/escritor (que pessoalmente aprecio) e sentadinho na Assembleia com o seu lugar de deputado.
Aproveito para dar os meus parabéns a "Politikos" pela merecida vitória do seu SCP
Enviar um comentário
<< Home