Universitas Portucalensis
Hoje estive a assistir a umas provas académicas de uma amiga. A Oeste nada de novo. A Universidade no seu melhor. Vestimentas pretas e colares, tudo muito ritualizado, como convém a uma vetusta instituição. Ciência de hoje com vestes de anteontem. Naturalmente, são só as vestimentas. E estavam lá os «cromos» todos destas ocasiões. E como os havia em dobrado, havia para a troca. Os «profes» instalados, os colegas maledicentes, os estudantes devotos, a família e os amigos. Não me excluo. Não sei ainda é que número me coube na caderneta?! A criatura a quem coube arguir gastou largos minutos a distribuir salamaleques, à esquerda e à direita. A Universidade portuguesa é pequenina e, por isso, todos se conhecem. Ou trabalharam juntos ou foram alunos ou mestres uns dos outros, de onde, é tudo em família. Mas o que mais me chocou. E não devia. Foi a «senhora» - meto-o entre aspas: a «coisa» é metafórica - presidente do júri, a «dona do pedaço» - nossa conhecida de outras, mas felizmente ultrapassadas, «andanças» - que se portou mal. Mal, mas afinal como habitualmente. Escarrou a sua jactância gratuita para cima dos outros. Mais valia da dita cuja no júri de hoje: a «sábia» administração do tempo de que dispunham uns e outros. Falou pouco, mas quando falou, do alto da sua pose, algures entre o marcial e o doméstico, criou mal-estar… Não havia necessidade... E eu a ver aquilo… E aquilo custou-me… Salvou-se a minha amiga, espírito livre, mas que sofre… com aquilo...
11 Comments:
Gostei dessa: escarrou a sua jactância!!!
E eu fui obrigada a ir ao dicionário... :D
Bem se a «jactância» do texto pode ser interpretada como «jactância minha», o melhor mesmo é repensar o seu uso :-) Tomarei boa nota disso, caros Kroniketas e Curiosa...
Quanto à cara Luar, tomo tb boa nota da questão da cor, embora por aqui esteja tudo perfeito. Não há nenhuma antipatia pelo pessoal universitário, minha cara, apenas a constatação de estranhos rituais iniciáticos e vaidades humanas... Foi aquele meio, como podia ser outro, inclusive o meu. Se leu atentamente, verá até que nem me exclui dos cromos. Agora tenho sérias dúvidas de que a nossa elite esteja, como diz, na Universidade... Uma parte estará, mas acho que nem será sequer a maior...
Ainda bem que gostou da expressão: «pose algures entre o marcial e o doméstico»... É que às vezes dá-nos para as metáforas :-)
Ainda bem que acha, mesmo que porventure não ache, cara Luar. É que eu não me ponho de fora, não vejo o mundo a p&b, não sou maniqueísta e nunca me refiro a «eles»...
Uma visão curiosa do meio académico. Concordo que existem "rituais" implementados e pelos quais mts fazem o que podem pra que estes se mantenham intactos decada atrás de decada...
Eu insiro-me no meio academico, e penso que ali se pode ver, viver, aprender e crescer mto....
Sem dúvida, nenhuma, cara Squeezy, subscrevo inteiramente essa sua afirmação que, aliás, é válida para outros meios profissionais, e não contradita nada do que disse antes...
Zelando pelas dioptrias dos nossos parcos leitores, alterou-se a cor do poste... Espera-se que para melhor...
Esclarece-se o critério estético utilizado: como quase todos os postes são ilustrados, a cor do texto é geralmente a cor dominante da imagem.
1 - o que é que leva a pensar que sueezy é uma mulher?
2 - contradita é do verbo contraditar? E eu que sempre pensei que era contradizer...
Ora bem, não há nada mesmo como os nossos leitores atentos:
1 - Quanto a este ponto fui induzido em erro - e mal - por alguns dos postes do blogue do Squeezy, «mea culpa», «mea culpa»: vi para lá uns postes sobre a cromoterapia e umas dicas para as cores da roupa, com um corpo de mulher a ilustrar, e assumi logo que se tratava de uma mulher (vou-me já desculpar, em seguida)... Por acaso, e pensando nisso, lembro-me de lá ter visto para umas «coisas» sobre o SLB e estranhei um pouco, mas... Desatenção, porque fui pelo perfil e está lá bem visível «male»; as coisas que a blogosfera faz...
2 - Contradita está bem e contradiz bem está! Não percebo qual seja a dúvida? O contradita é eventualmente um registo mais erudito - presunção minha, já se vê - e muito usado na área do Direito, porque ligado à contestação de factos e, por isso, naquele contexto utilizado com propriedade...
As minhas desculpas ao Squeezy pela mudança involuntária, temporária e que durou apenas um dia, de sexo... Esperando que se ele ler isto não faça jus ao nick... :-)
Sorry Squeezy
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