Só eu sei porque não compro um carro…
Os que me conhecem melhor sabem que sou um bocado forreta. Uma amiga chama-me fona. Não é em tudo, mas é em algumas coisas. Das grandes despesas, uma casa é um investimento, pelo que abro mais facilmente os cordões à bolsa, um automóvel é um desperdício. Morando e trabalhando no centro de Lisboa, e com a oferta de transportes públicos que existem na cidade, o carro tornou-se-me bastante desnecessário. Uso-o, pois, cada vez menos. De onde, resisto a trocá-lo até ao limite. O meu carro anterior durou cerca de 13 anos e fiz com ele praticamente 100 000 quilómetros. Troquei-o sobretudo por motivos técnicos, porque não tinha nem direcção assistida, nem sobretudo ABS, o que me causou um dissabor recente, de outro modo nem sequer o teria feito. Porquê? As contas são simples de fazer. Se mais as fizessem, menos carros se venderiam. Senão vejamos! Tempos houve em que, morando num subúrbio mal servido de transportes directos, o carro era essencial e constituía um instrumento de trabalho. Hoje não! Acresce ainda que não gosto particularmente de conduzir, não me fascinam os automóveis e as motorizações, não tenho qualquer necessidade em demonstrar status social ou poder aquisitivo através do automóvel, e a posse de um determinado modelo não contribui para aumentar a minha auto-estima.
Uso o carro exclusivamente aos fins-de-semana e nas férias para umas voltas – sobretudo idas à praia, às compras, à piscina, a espectáculos, visitas a familiares e amigos e algumas viagens. Durante os dias úteis, o dito fica parado na garagem. O que significa que com férias, fins-de-semana e feriados uso o carro cerca de 140 dias por ano. Tendo adquirido uma versão praticamente de base de um veículo utilitário, à qual apenas acresce as cinco portas e o ar condicionado, e contra a entrega de um velho carro da mesma marca e modelo, que foi para abate e que estava aliás em muito bom estado, paguei recentemente €11.250 líquidos. Se este me durar, imaginemos, os 13 anos que o anterior me durou, o dito ficar-me-á, por dia de utilização, em €6,18, excluindo a gasolina, o seguro, o imposto de circulação, as reparações, os estacionamentos e o pagamento das despesas de condomínio com a garagem. Se contar com isso, então, melhor será nem falar... É que ficar-me-ia seguramente mais barato andar de transportes e de táxi… e para as férias alugar um automóvel...
Uso o carro exclusivamente aos fins-de-semana e nas férias para umas voltas – sobretudo idas à praia, às compras, à piscina, a espectáculos, visitas a familiares e amigos e algumas viagens. Durante os dias úteis, o dito fica parado na garagem. O que significa que com férias, fins-de-semana e feriados uso o carro cerca de 140 dias por ano. Tendo adquirido uma versão praticamente de base de um veículo utilitário, à qual apenas acresce as cinco portas e o ar condicionado, e contra a entrega de um velho carro da mesma marca e modelo, que foi para abate e que estava aliás em muito bom estado, paguei recentemente €11.250 líquidos. Se este me durar, imaginemos, os 13 anos que o anterior me durou, o dito ficar-me-á, por dia de utilização, em €6,18, excluindo a gasolina, o seguro, o imposto de circulação, as reparações, os estacionamentos e o pagamento das despesas de condomínio com a garagem. Se contar com isso, então, melhor será nem falar... É que ficar-me-ia seguramente mais barato andar de transportes e de táxi… e para as férias alugar um automóvel...
Etiquetas: Automóveis
14 Comments:
Eu optei pelo táxi e pelos demais transportes públicos. E nunca me arrependi.
Só ele sabe porque não tem carta de condução.
Numa análise custo-benefício, morando e trabalhando onde eu o faço e com o padrão de vida que tenho, a posse de um carro é economicamente ruinosa... Se usasse transportes públicos, taxi e aluguer de automóvel, a coisa ficar-me-ia bem mais barata...
Gin, bem-vindo. O título pretende glosar o refrão de um dos cânticos de apoio ao Sporting... Nem sei como conseguiu escrever frase idêntica... ;-)
Eu bato-o aos pontos. O último durou 20 anos. E o actual acompanhar-me-á até à pira funerária.
Como é um nabo informático, clicou não sabe onde e apareceu-lhe o blogue. Agradado que ficou continuará a passar.
Quanto ao resto sabia muito bem o que estava a escrever e até já conhecia o resultado de Setúbal. Como já deve ter reparado ele pertence ao outro lado da 2ª circular...
Ninguém é perfeito, caro Politikos...
Cara Maloud. Bem-vinda ao grupo das abencerragens! Ainda há quem me bata em matéria de carros?! Aliás, mesmo a espectáculos, quando saio à noite, já optei pelo transporte público e pelo táxi... Há uns dois ou três anos fui ao Teatro da Trindade. Queria ir de metro mas cá em casa insisistiram no carro... Estacionei num dos poucos lugares vagos no último piso do parque do Largo de Camões... Quando saí, por volta da meia-noite e tal, lá fui para o estacionamento, paguei a taxa da ordem e depois estive quase duas horas metido no carro sem poder sair... É que avariou um automóvel numa das rampas, meteu polícia, reboque... depois o reboque que foi escalado não cabia nos acessos e teve de vir outro... Enfim, por pouco mais do preço do estacionamento tinha vindo de táxi e evitado maçadas...
Caro Gin, é como diz, ninguém é perfeito... Nós já cumprimos a nossa obrigação ontem, hoje cabe-vos cumprir a vossa... Aliás, se fizerem igual à última jornada, copiam a vitória...
;-)
Só às paredes confessa porque não compra um carro:)
Só eu sei porque copiámos:)
Cara vizinha, pelo menos pelas razões expostas no «post», acho que faz muito bem... E se a elas juntarmos as inconfessáveis ou só confessáveis às paredes...
;-)
Cara Maloud. Pois, calculo que não tenha resistido ao comentário... Ontem foi dia de festa por aí... Mas a um minuto do fim imagino que não estivesse assim tão satisfeita... Foi uma cópia «in extremis» mas mesmo assim uma cópia... ;-) E que golaço o do Rodriguez...
Bom, andar de taxi alto aí. Eu, por exemplo, para ir da taxi ao aeroporto pago 10 euros no mínimo. Ora isso dá andar muito de carro. E quanto aos transportes públicos... na 6ª feira fiquei sem bateria no carro e tive que ir de autocarro buscar outro carro a uma garagem doutro prédio onde está guardado. Pois para chegar lá, entre esperar pelo autocarro, chegar e ainda andar a pé até à garagem, demorei cerca de 45 minutos, num trajecto que de carro faço em pouco mais de 5...
Meu caro Kroniketas
As premissas do post são «morando e trabalhando no centro de Lisboa»... Sei perfeitamente que nas periferias - e já lá morei - a coisa não é exactamente assim...
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