19 de outubro de 2008

Cavernícolas

A blogosfera portuguesa é um mosaico da nossa sociedade. O povo que somos está lá escarrado. Quando comecei a frequentar o meio, choquei-me com algumas coisas. Uma delas foi com um certo cascanço caceteiro nos políticos: uma espécie de caça às bruxas do nosso tempo. Os que o fazem têm uma bitola para si próprios e para o resto da sociedade e outra para os políticos. Julgam-se superiores a eles, não percebendo que saem exactamente da mesma massa e do mesmo forno. Os políticos emanam do todo social que nós somos. Pensava que essa atitude era sobretudo apanágio de bêbados de taberna e de opiniosos motoristas de táxi. Mas não é e está bastante bem representada na blogosfera. Por baixo dessa camada, descobri ainda uma segunda camada que praticamente desconhecia e que – não tendo grande expressão – porém, existe. A de uma gente cavernícola que não só despreza os políticos, como despreza o regime democrático que eles representam e onde eles também vivem. Faz garbo nisso e até o ostenta. Essa gente anda ligada numa pequena comunidade orgânica de uns quantos blogues que se lincam e se comentam. E nela há literalmente de tudo e de todas as tendências. Há os que se assumem e há os que ainda não sairam do armário, nutrindo mais ou menos dissimuladas simpatias. Não sei se o regime – enquanto tal – exerce algum tipo de vigilância sobre essa gente. Talvez nem seja preciso. Parecem-me de um modo geral, e quando muito, uma espécie de Quixotes intelectualmente ofensivos mas na prática inofensivos. Ninguém os leva a sério. O que ressalta porém disto tudo é que a democracia é também o regime que permite a existência no seu interior de gente que se expressa contra ele. E esse é o sinal incontestável da sua superioridade moral. É talvez no plano prático a sua maior fraqueza, mas é certamente no plano teórico a sua maior força.

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28 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Discordo parcialmente da 1.ª parte do último parágrafo, caro Politikos, porque é das aparentes fraquezas que se fazem as forças.
Permitir a existência, «no seu interior, de gente que se expressa contra ele» é, no plano teórico, uma força, sem dúvida; contudo, é no plano prático que ela verdadeiramente se revela.

terça-feira, outubro 21, 2008 9:35:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Cara Atenas. Não será por tão pequena discordância - parcial e ainda por cima só da primeira parte de um parágrafo – que não nos vamos entender... ;-)
Mas vamos ao que interessa. Pode ser a sua maior fraqueza, atento o facto de essa gente poder aproveitar essa fraqueza para a destruir. Temos bastos exemplos disso mesmo na história da Europa do séc. XX. Essa gente pode aproveitar o estribo que a democracia generosamente lhes estende para «cavalgar» o regime democrático com o intuito de o destruir. Aliás é ver a forma habilidosa, demagógica e repugnante como na sua argumentação eles esgrimem com as virtualidades da democracia para a atacar, para a desacreditar. Não têm terreno para medrar e portanto não chegam a ser perigosos. Era dessa fraqueza que falava. Mas como disse no poste, não creio, pelos exemplos que conheço da blogosfera tuga, que isso esteja minimamente em causa. Os activos da causa são meras personagens folclóricas, sem nenhuma verosimilhança real. Dos simpatizantes, nem sequer falo. São tigres de papel que aproveitam o coberto da blogosfera para expressar simpatias que no seu dia-a-dia recalcam. Pois se o não fizessem caíam no grupo dos folclóricos e ainda lhes sobra um mínimo de lucidez...

terça-feira, outubro 21, 2008 10:52:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu percebi o que queria dizer com a "sua maior fraqueza", politikos.
Mas a verdade é que a história demonstra que todos os regimes políticos, e não só os verdadeiramente democráticos, já foram derrotados, mesmo os totalitários.
E mantenho que a força da democracia é, precisamente, que na prática (e não só na teoria) aceite que se discorde dela. E mais, que se tente acabar com ela
(e não estou a limitar-me à "blogosfera tuga").

quarta-feira, outubro 22, 2008 10:58:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Discordo em absoluto de si. O regime democrático é o bem mais precioso da nossa vida colectiva. É o que nos protege da opressão e da discricionariedade. Temos que o proteger e o estimar. Nenhum regime resiste àqueles que dentro dele conspiram contra ele. A tolerância para com a diferença não pode ser absoluta. E a sua relatividade acaba justamente aí, ou seja, quando se atenta contra a sua existência. É tal qual como na vida. Temos de nos defender das agressões sob pena de perecermos. Na blogosfera tuga, do que conheço, isso não estará em causa. Mas fora dela pode estar. O regime devia vigiar essa gente e se houver acções acções organizadas para o destruir, agir, dentro dos limites do Estado de Direito.

quinta-feira, outubro 23, 2008 1:44:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Caro politikos,
claro que temos que «proteger e estimar» o regime em que vivemos (não vou dizer que o faço, entre outras, votando sempre - ups, disse mesmo :-p) e que «nenhum regime resiste àqueles que dentro dele conspiram contra ele».

A questão não está em que a tolerância seja absoluta; o que sublinhei é que a força do regime democrático está na aceitação de que se discorde dele e, até, que se tente acabar com ele, sem prejuízo de existirem mecanismos de defesa (que existem).
É essa a diferença que tem, na prática, em relação a outros regimes. É essa diferença que lhe dá a força de que falava acima.

quinta-feira, outubro 23, 2008 10:43:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Cara Atenas
Votar, por si só, não defende o regime. Votar no mal menor, sem convicção, só para cumprir o dever cívico, até pode contribuir, pelo apodrecimento que gera, para a sua queda. Historicamente, há exemplos disso. Não votar pode ser um acto cívico de maior exigência e com mais significado do que votar. É o que penso e por isso o faço. Pode, por isso, pôr os «ups» e os «ops» que entender nos seus comentários. Achar ou sugerir capciosamente – como parece fazer – que isso pode ser uma «conspiração» contra ele, é apenas um truque demagógico e retórico que não julgava fosse capaz de utilizar... Mesmo na argumentação e sob uma linguagem formalmente polida, não vale tudo... Em contrapartida, porém, recuso-me terminantemente, por higiene mental, respeito por mim próprio e por aquilo em que acredito, a privar, na blogosfera e menos ainda no real, com anti-democratas, ainda que folclóricos, bem como a branquear e olvidar certos comportamentos...
Quanto ao resto, - que é afinal o que mais interessa – concluo, afinal, que é mais o que nos aproxima do que o que nos divide...

quinta-feira, outubro 23, 2008 11:48:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ora, caro Politikos,
veja bem como cede logo ao "truque demagógico e retórico" quando o provoco em tom de brincadeira (a sinalética do :-p indicava-o claramente...).
A diferença, neste caso, é que eu sabia que V. o ia fazer... :-)
Mas, como calcula, não me sinto minimanente tocada pela sua farpazita; foi, antes, uma desculpa para um sorriso logo de manhã :-)

Quanto ao mais, é óbvio que estamos quase juntinhos, com o devido respeito, claro ;-)

Um bom dia para si, Politikos.

sexta-feira, outubro 24, 2008 6:27:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Cara Atenas
As caretas – sorrisos, piscadelas de olhos, línguas de fora e quejandos – não podem servir de álibi para aquilo que disse ou quis dizer. E o facto é que v. disse ou pelo menos insinuou que o facto de eu não votar era uma forma de «conspiração» contra a democracia. A resposta em forma de farpa, espetando ou resvalando, será sempre de muito menor monta do que aquilo que disse que é uma inominável monstruosidade. E serviu apenas para que não me confunda com a laia da gente com a qual se dá e – repito – a quem nunca lhe ouvi nenhum reparo às alarvidades que de lá saem. Talvez se o fizesse fosse melhor serviço ao regime do que votar por desfastio...
Quanto ao mais, acho até que na substância estamos genericamente mais «juntinhos» do que à primeira vista possa parecer. O problema é que nem só de substância vive o homem...
Tenha um bom fds

sexta-feira, outubro 24, 2008 11:21:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Agradeço e retribuo, desejando, sinceramente, que o seu fim-de-semana lhe traga um humor menos cítrico, caro politikos...
:-)

sexta-feira, outubro 24, 2008 11:26:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Cara Atenas
Conversa melíflua de «queridos e queridas» é noutros endereços...
Acredite ainda piamente - minha cara - que até dei uma gargalhada ao escrever esta última farpa... Ainda que no início possa saber a limão, vai ver que depois se habitua ao sabor...
;-)
P.S. - E veja lá se ao comentar aqui se habitua a «picar« a penúltima «bolinha» da identidade do blogger... ;-)
Renovo os meus sinceros votos de bom fds

sexta-feira, outubro 24, 2008 11:40:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ó meu caro Politikos, mas raramente o tratei por querido (creio mesmo que não me lembro quando o fiz da última vez...), por isso não se queixe, ora!
Hum... pensando bem, parece-me é que V. está amuado e queria ser tratado assim também...
Mas não pode ser, sabe?!, aqui é a pólis da atenas, e a atenas aprecia, bastante, limonada.
:-)

sábado, outubro 25, 2008 6:25:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Cara Atenas
Não me tratou e ainda bem. Ninguém se está a queixar, muito pelo contrário. Esse paleio dengoso não faz nada o meu género. Por aqui, trata-se as pessoas com boa educação e urbanidade, às vezes com assertividade. Mas sempre com lealdade. Não se anda a falar de ninguém nas suas costas, a intrigar noutros blogues ou a usar duplos e triplos nicks, para semanas ou meses depois andar com muitos «queridos e queridas». Não me confunda também s.f.f. com gente dessa!
Ainda bem que gosta de limonada. Ademais, se estiver demasiado ácida pode sempre pôr-lhe mais ou menos açúcar para ficar ao gosto...
Bom sábado

sábado, outubro 25, 2008 4:03:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Politikos,
para que eu não caia na tentação de julgar que v. anda a falar de alguém, ou alguéns, nas respectivas costas, faça o favor de ser directo e "chamar os bóis pelos nomes" sim?
É que eu, ou me calo, ou sou directa, quando quero ser assertiva.
E quanto aos nicks, creio que muitas pessoas usam mais do que um, sem que isso signifique que sejam desrespeitosos seja com quem for.
Ou não será assim?

P. S. Limonada com açúcar nunca. O que pode suceder é não a beber, quando os limões não estão em condições...

sábado, outubro 25, 2008 9:06:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Cara Atenas
O comentário dos múltiplos nicks – apesar de também os ter – não era para si. Não acho que isso seja, por si só, nenhum problema. É bom que não caia em nenhuma das tentações que refere, de facto. Quanto aos «bois», e para não fugir à sua questão, se quiser trato todos pelos nomes. Isso implica - claro está - tratá-la a si também. E embora não ache que careça, até porque os visados não estão por aqui e duvido que aqui venham muito, se achar, por qualquer razão, que isso é importante, posso fazê-lo. Quanto aos limões, podem ser ácidos mas não estão podres. Pelo contrário há frutos que parecem doces por fora mas que são ácidos e estão mesmo podres por dentro...

domingo, outubro 26, 2008 1:31:00 da manhã  
Blogger Luísa A. said...

Meu caro Politikos, vejo-o falar numa lealdade que inteiramente lhe reconheço, e não resisto a dizer-lhe que essa é uma qualidade única, que supera todas – e também pequenas «acidezes» cítricas - e que só pode suscitar-me muito simpatia e gratidão. Às vezes, ando um pouco arredia destas paragens, mas tinha decidido evitar a temática política, na qual pressinto que diferimos pontualmente. E o Politikos tem-se focado nela, e «negligenciado» as suas crónicas mais ligeiras sobre costumes e tipos sociais. Nem as fotografias sobre curiosidades lhe temos visto. Mas cá estou sempre. E não lhe chamo «querido», porque os tratamentos são uma questão de reciprocidade. Mas é «querido». ;-D

domingo, outubro 26, 2008 2:55:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Caro Politikos,
em relação aos outros, «até porque os visados não estão por aqui e duvido que aqui venham muito» o melhor seria deixar de os mencionar, não acha?
De todo o modo, quanto a eles "posso eu bem", como se costuma dizer.

Quanto a mim, sim, gostaria que me dissesse claramente, sem farpas ou indirectas, o que entender, quando entender, para que eu possa dar a resposta directa (e, não obstante, respeitosa, como sempre foi minha preocupação), sem cair em quaisquer tentações (não é o meu estilo, como bem sabe).

Quanto aos limões, e como não me referia a si, além de ácidos podem, de facto, ser (estar) podres. Tenhamos, contudo, a humildade de achar que "limões há muitos", e que não temos certezas de nada, quando olhamos para a casca, seja ela de que "limão" for... não acha?

Finalmente, e relendo os comentários, concluo que acabamos por fugir ao tema (como em geral fazemos, acrescento) que, no caso, é demasiado importante para que nos alonguemos neste tipo de "acidezes".
E quanto a estes temas, ao contrário da Luísa, gosto de debatê-los aqui.
Embora tenha saudades (não é a primeira vez que o digo) dos outros posts que a Luísa refere.

Cada um posta o que entender, claro. Mas os comentadores podem, naturalmente, "protestar" :-)


*

(Claro que é "querido", querida Luísa (cá está uma das minhas "queridas" - risos), mas cítrico... xiiiiiii.... ainda bem que gosto de limonada com alguma acidez! :-p)

domingo, outubro 26, 2008 9:06:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Cara Luísa
Agradeço-lhe a deferência sobre alguns aspectos de carácter. Quanto ao estar arredia destas paragens, não tem que se desculpar. Não fizemos, como eu sempre digo, nenhuma profissão de fé em comentarmo-nos reciprocamente. Cada um comenta o que quer, quando quer, sem qualquer espécie de cobrança ou desculpa. Como bem sabe, eu próprio comentei assiduamente no seu blogue e deixei de o fazer. Sem desculpas de espécie de nenhuma ou outras explicações que não carece. Isto apesar de a ler sempre. Penso que sabe como aprecio o seu estilo de escrita que me parece, aliás, cada vez mais depurado e apurado. Bem como esta sua nova faceta de fotógrafa amadora que, embora insista sempre nas mesmas temáticas, me parece muito bem conseguida. As suas fotografias são fotografias limpas. Quanto às nossas diferenças políticas, registo com um sorriso essas nossas «diferenças pontuais»... Por últimos, os «tratamentos»: sou nessa matéria bastante espartano. Nunca aqui tratei ninguém por «querido» ou «querida», pela intimidade que reconheço à palavra, tratando toda gente – o que até pode parecer um pouco possidónio no contexto da blogosfera – por «caro» ou «cara», por mera urbanidade. Generalizei isso até aos comentários que faço noutras paragens. É um hábito. Menos ainda uso o «querido» no sentido que lhe confere no final, porque me parece o tratamento dado ao animal de estimação lá de casa: «é um querido»! Cutchi, cutchi, cutchi, bichano! Sabe ainda como estranhei e aqui comentámos o uso dos possessivos no «minha cara» e «meu caro». Porém nesse caso, apesar de estranhar, achei e acho que está bem, está ajustado ao nível de conhecimento e de intimidade que temos. Para rematar, o uso dos «queridos» e «queridas» nalguns blogues faz-me lembrar os grupos de «amiguinhos» na escola, das palmadinhas nas costas, todos muito juntinhos, todos defendendo-se muito e dando muitos piropos uns aos outros: é um exercício, minha cara Luísa, digno dos jogos florentinos da corte de Luís XIV... Aliás, aquilo é uma espécie de Versalhes da blogosfera em que «damas» e «cavalheiros» se atiram mutuamente «bouquets» florais, num «marmelanço» um bocado enjoativo... Se queria crítica de costumes, aqui tem uma... ;-)
Venha sempre quando quiser que é muito bem-vinda
P.S. – Sem fazer nenhuma espécie de estatística, creio que o peso das crónicas ligeiras e de costumes – como lhes chama – é o mesmo que sempre foi; ainda há pouco escrevi sobre os novos licenciados ou sobre o meu próprio envelhecimento, que, por exemplo, também mereceu da sua parte alguns comentários agridoces ;-) Isto para não lhe chamar cítricos, que o agridoce assenta-lhe melhor... e está mais adequado ao estilo dos «queridos e queridas» :-)

domingo, outubro 26, 2008 10:58:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Cara Atenas
Os visados são aqui mencionados, em abstracto, as vezes que forem precisas, embora não seja do meu agrado fazê-lo. Outra coisa é em concreto. Em abstracto, calhou acontecer neste poste, pelas razões que conhece. Se não tivesse insinuado que eu «conspirava» contra o regime, por não votar pou votar pouco, os visados nunca teriam sido mencionados. Assim, veio a talhe de foice... Mas não será - da minha parte - seguramente coisa para continuar ou insistir.
Quanto aos «queridos» e «queridas» e aos postes sobre outros temas, vale o que foi dito em cima para a Luísa.
Bom fim-de-semana para ambas. E resguardem-se do arrefecimento atmosférico ou, então, da «limonada» passamos ao «chá de limão»... De onde se conclui que os citrinos têm de facto muitas e variadas serventias... E tomados quentes com uma colher de mel, fazem maravilhas...
;-)

domingo, outubro 26, 2008 11:07:00 da manhã  
Blogger Luísa A. said...

Uma nota apenas, caro Politikos: eu não disse que era «um querido». Disse apenas que era «querido», querendo dizer «estimado». Não coloquei o artigo (neste caso, será numeral?) um pouco pelas razões que refere. ;-)

domingo, outubro 26, 2008 12:59:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Politikos,
não insinuei em momento algum que v. «conspirava contra o regime»; não tresleia o meu comentário. Disse, e repito (porque muitos posts atrás já falámos sobre isso, tendo cada um de nós posições diferentes neste assunto)
que também se protege e se estima a democracia votando.

Vir falar em abstracto, seja lá de quem for, que aqui não vem e não se pode defender, não me parece que venha a «talhe de foice»... Mas também não será por mim que o assunto continuará.

Quanto aos «queridos» e «queridas», devo dizer-lhe que trato assim virtualmente quem conheço pessoalmente ou quem, não conhecendo (como é o caso da Luísa), estimo e admiro como se conhecesse, desde que, em ambos os casos, haja reciprocidade.
Parecem-me, por isso, despropositadas as suas considerações (tecidas na resposta à Luísa) sobre a forma como trato algumas pessoas. Sinto-as, alías, como desrespeitosas.

Bom fim-de-semana para si também.
Agradeço a sugestão mas não tomarei chá com limão; não gosto de todas as «serventias» dos citrinos.
Em casos de gripe fico-me pela medicação tradicional.
Cumprimentos espartanos.
:-)

domingo, outubro 26, 2008 2:43:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Cara Atenas
Tenho a impressão que entrámos na fase circular do raciocínio. Diria mesmo que voltámos ao princípio e andamos em círculo.
1.º O que v. disse foi: «claro que temos que «proteger e estimar» o regime em que vivemos (não vou dizer que o faço, entre outras, votando sempre - ups, disse mesmo :-p) e que «nenhum regime resiste àqueles que dentro dele conspiram contra ele»; se não queria insinuar que o não votar era uma forma de conspiração contra ele não colocava a transcrição da segunda parte da frase; além disso, ter-se-ia de imediato demarcado quando fiz menção disso nos comentários seguintes e não o fez;
2.º Se se fala em abstracto e não em concreto, não há nenhuma necessidade de defesa de ninguém, porque não há ninguém citado: o argumento é, por isso, disparatado;
3.º «Queridos e queridas», se for capaz de explicar em que é que o que eu disse é desrespeitoso?!; não consigo sequer vislumbrar o despropósito, quanto mais o desrespeito; acusar-me de desrespeito sob esse pretexto, é risível; a menos que já esteja tão viciada na «marmelada» que tome por desrespeito qualquer coisa que o não seja... ;-)
Parece-me é que apesar das saudades que demonstrou dos postes sobre costumes, não terá gostado lá muito da «crítica de costumes» dos meus últimos comentários e ademais tomou-a como sendo inteiramente para si?! :-)
Boa semana

segunda-feira, outubro 27, 2008 1:04:00 da tarde  
Blogger T said...

Na blogosfera há de tudo caro vizinho. Não teria graça se fosse de outra maneira:)

segunda-feira, outubro 27, 2008 3:30:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Em círculo, moi?
Nops, já segui em frente há bué tempo, Politikos...
:-)))

(P. S. Cuidado, muito cuidado, com alguma blogosfera... - risos)

segunda-feira, outubro 27, 2008 10:30:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Cara vizinha
Há realmente de tudo. Mas mesmo dentro do tudo, nem tudo é admissível, apesar do tom mais ou menos folclórico de alguns personagens?!

segunda-feira, outubro 27, 2008 11:13:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Cara Atenas. Então, mas ainda ontem comentou?! E agora diz-me que já seguiu em frente «há bué tempo»... Humm, humm! Parafraseando aquele programa sobre Língua Portuguesa que passava numa das televisões: Como disse?! ;-)
Agora, repare, se eu andasse em círculo, diria agora, a propósito do seu P.S., vamos lá a tratar «os bois pelo nome»?!
;-)

segunda-feira, outubro 27, 2008 11:18:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ai Politikos, ontem foi ontem, hoje é hoje!
Deixe lá o círculo e os bóis (e as respectivas fémeas...) e siga-me, ande!
Bora postar de novo? Pode ser qualquer tema, pronto.
:-)

terça-feira, outubro 28, 2008 7:02:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Bute, bora lá nessa, minha! Tá-se bem! Iou!
Era isto que queria que respondesse?! :-)
Na verdade, fico aqui a magicar como é que certas pessoas conciliam níveis de linguagem tão diferentes, designadamente o «pseudo-achavalado» e o «marmelada dondoca» dos «queridos e queridas»?! Mas isto sou eu a pensar?!
;-)
P.S. - Tenho a impressão que tem um problema qualquer com os bois e com as respectivas fêmeas, pelo menos ao nível da grafia?!

terça-feira, outubro 28, 2008 1:43:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

lol lol lo

Ao nível da grafia é um problema ligeiro, de um (ou dois) pequeno/s traço/s, a bem dizer...
(gargalhada abafada)
:-)))

P. S. Quanto às suas "profundas meditações", devo dizer-lhe que é sempre bom ter a capacidade de nos adaptarmos a qualquer nível... de linguagem...
:-)

terça-feira, outubro 28, 2008 2:00:00 da tarde  

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