9 de dezembro de 2006

A «saia» da Carolina...

E por livro: ontem vi umas declarações televisivas de Carolina Salgado, ex-mulher de Pinto da Costa, a propósito de um livro que vai lançar. É verdade! Um livro sobre os anos que passou ao lado do presidente do FCP! Desgostante! Ver gente que partilhou a vida, que partilhou a intimidade, vir falar do que antes calou, é das coisas que mais repulsa me causa. O ser humano avilta-se e apouca-se, é por isto. Fala-se muito sobre o que se esperava de quem trabalhou em bares de alterne! Eu por acaso acho que não foi quando a dita trabalhou em bares de alterne que perdeu a dignidade... Foi agora...
E por livro: isto ainda me fez lembrar a Victoria Beckham que, após ter confessado nunca ter lido integralmente um livro, alimentava o desejo de escrever um...
E, por livro: assim, de facto, é bem capaz de ser verdade que se publiquem dez livros por hora, em Portugal...
E por livro: o dito é publicado pela Dom Quixote, que, por exemplo, publica António Lobo Antunes...
E por livro: isto fez-me lembrar a glosada frase de Lobo Antunes que, em tempos terá dito: Os leitores são umas putas, amam-nos e depois deixam-nos...
E por livro: pois, ó António, mas há pior, mas há pior...

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18 Comments:

Blogger Curiosa said...

Isto fez-me lembrar um ditado popular, não sei se o conheço por livro e que reza assim...
Ninguém falará tão mal de si como a mulher que deixou de amar...
Ora no caso de pessoas da praça (até pode ser da antiga ribeira)este ditado toma mais força...
Sem dúvida que fará parte dos 10 livros por dia que faço questão de não ler... :D

sábado, dezembro 09, 2006 1:01:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Seja bem aparecida, cara Curiosa. Não conheço o ditado, mas parece-me bem verdadeiro, sobretudo quando conjugado no feminino. O que é válido quer para figuras públicas, quer para os anónimos da Pólis. É triste, mas é assim: o ser humano no seu máximo esplendor... Esse tb não o vou ler.

sábado, dezembro 09, 2006 1:23:00 da tarde  
Blogger maloud said...

Como calculará não vi. Quase nunca vejo televisão. Mas tive um relato mais ou menos fidedigno, julgo eu, feito pelo meu filho, que não é de forma alguma um incondicional do Pinto da Costa. Ele rematou a descrição com uma frase que achei curiosa: A Carolina arrasa a credibilidade das prostitutas.
E lembrei-me ontem de um dito de uma cozinheira dos meus pais, sempre que se apercebia de "desabafos" deste calibre: É muito feio cuspir na sopa que se comeu.
Creio não ser necessário dizer que não vou ler o "livro" desta minha não-ex-vizinha. Ela nunca morou por aqui, nem frequentou a zona. Nem ela, nem a Filomena. Aqui só morou e mora a drª Manuela que não faz parte desta telenovela mexicana, nem nunca poderia fazer. Eu conheço-a.

sábado, dezembro 09, 2006 5:41:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Cara Maloud
Acho que em dois registos diferentes, o seu filho e a cozinheira dos seus pais dizem tudo. E sobretudo isolam o problema e não misturam tudo. O achar uma indignidade inominável o que ela fez é independente de ter trabalhado numa casa de alterne e do Pinto da Costa. O problema é ela e aquelas declarações e o tempo em que as fez. E infelizmente há um pouco a ideia - entre a classe jornalística e na blogosfera tuga - de que os fins justificam os meios. Ou seja, é para abater o Pinto da Costa (PC), então vale tudo e desculpabilizam-se todas as canalhices. É no fundo uma espécies de «quem não é por mim é contra mim». Quem acha que o que ela fez é uma indignidade, só pode estar a justificar o PC... Enfim, a habitual visão maniqueísta dos cowboys e dos índios... Que tem de encaixar necessariamente alguém num dos lados da barricada... Ora, definitivamente, por aí não vou... Refiro-me, por exemplo, mas há mais, ao poste Mulheres do João Pedro Henriques no Glória Fácil.
Ainda bem que este blogue é pouco lido e o dito JPH não dá conversa aos «pés-descalços» da Pólis, senão ainda por aqui tinha sermão e missa cantada... :-)

domingo, dezembro 10, 2006 1:39:00 da tarde  
Blogger maloud said...

Sobre o post "Mulheres" já dei a minha opinião ao autor, caro Politikos.

domingo, dezembro 10, 2006 6:01:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Politikos, o ditado da Curiosa (que revejo por estas paragens com muito gosto) parece-me um pouco injusto para as mulheres, do mesmo modo que a sua imediata resposta. Como se os homens não se comprazessem, também eles, em tirar desforras mesquinhas das mulheres que lhes dão para trás!!! Quanto ao livro que refere, é, certamente, o produto dos tais péssimos instintos, que não dignificam o autor, nem recomendam a leitura… mas atraem os leitores. Penso, em todo o caso, que será de investigar, por quem de direito, a veracidade de certas denúncias que, ao que julgo saber, se prendem com questões de corrupção e fuga ao fisco. Fartos de prevaricadores que escapam impunes andamos todos nós.

domingo, dezembro 10, 2006 6:51:00 da tarde  
Blogger q.b. said...

Caro Politikos, a Carolina Salgado não é grande peça, mas para mim tenho que o Pinto da Costa também não. Ora é quando se zangam as comadres, que se sabem as verdades.

domingo, dezembro 10, 2006 7:06:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Mas já agora, partilhe-a aqui connosco, cara Maloud.

domingo, dezembro 10, 2006 11:18:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Cara Luar. Essa discussão levar-nos-ia longe. Falamos de estereótipos, é claro. E nesses, creio que os homens não lavam «roupa suja» em público. Quando muito resolvem a coisa à estalada e ao murro, mas não descem até patamares tão baixos. Geralmente não cospem no prato em que comeram, na feliz expressão popular já aqui usada.
E, claro que a investigação ao que foi dito deve acontecer e é bom que aconteça, mas esse é outro departamento, que está fora do âmbito do poste. O caso mais grave, além de corrupção e de fuga ao fisco, são as agressões a um vereador da Câmara de Gondomar.

domingo, dezembro 10, 2006 11:27:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Cara q.b. Não é o Pinto da Costa (PC) que está em causa, é a Carolina. Não siga pelo caminho maniqueísta de «quem não está por mim, está contra mim». As comadres (não os compadres: sábio é o povo ;-) quando se zangam, «metem a viola no saco» e guardam o que é da esfera privada. Hoje, até soube pelo Gato Fedorento, que a dita fala na flatulência do PC nas cerimónias públicas... Apre, arre, há-de convir...

domingo, dezembro 10, 2006 11:32:00 da tarde  
Blogger maloud said...

Como sabe o Glória Fácil não tem caixa de comentários. É por e-mail que volta meia volta contacto os autores e, como nenhum de nós se chama Carolina, não estatelamos a correspondência a não ser que haja autorização explícita ou aviso prévio. Desta vez não houve.

domingo, dezembro 10, 2006 11:51:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Muito bem, cara Maloud :-) O princípio é o certo. Mas também não lhe pedi para plasmar aqui, nos seus exactos termos, o mail que escreveu ao dito JPH, mas apenas para dar a sua opinião genérica acerca do teor do poste. Porém, compreendo e respeito os seus pruridos.

domingo, dezembro 10, 2006 11:57:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Está-se aqui a misturar o essencial com o acessório, ou a forma com o conteúdo. Independentemente das zangas de alcova e das revelações da flatulência, dos cortes de unhas ou dos pêlos dos ouvidos, o que é de extrema gravidade é a denúncia da sova dada a um vereador a mando de PC, com o conhecimento e a complacência de um conhecido advogado que até foi presidente do Conselho de Arbitragem (Lourenço Pinto), que terá comentado "ó minha amiga, mas o homem ainda fala"; das convivências com árbitros que iam lá a casa conviver e beber um cafezinho; do aviso da Polícia Judiciária de que ia haver uma detenção, com antecedência suficiente para preparar a fuga... Isto é que é de exterma gravidade, e estamos aqui a enrolar com o bar de alterne ou as zangas de comadres? Então está ali patente um crime público contra um titular de um cargo do Estado, uma cumplicidade com a PJ; a revelação dos podres do futebol português; e assobiamos para o lado como se nada fosse, porque a senhora não tem credibilidade? Está-se a confundir a mensagem com o mensageiro!

terça-feira, dezembro 12, 2006 1:52:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

O que se pretendeu comentar aqui, meu caro, foi apenas a atitude dela. O resto, que é de facto substantivamente o mais importante - nisso concordamos -, cai fora do âmbito do poste.

terça-feira, dezembro 12, 2006 2:11:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Ah, então escreva-se outro sobre a substância da coisa. E essa eu faço questão de ler... quando sair a 2ª edição, porque a 1ª esgotou num ápice.

terça-feira, dezembro 12, 2006 2:33:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Bom, sobre a substância da coisa, é fácil. Como já disse, tem de haver investigação para se apurar a verdade. E a Justiça deve fazer tudo - dar o estatuto de «arrependida», ou o que for à «senhora» - para que se consiga apurar a verdade. Temo é que, como quase sempre, atendendo à «marmelada» habitual da Justiça da Pólis, isto mais uma vez dê em nada. Aliás, segundo sei, já há advogados e juristas prestes a defender com unhas e dentes a tese de que a «corrupção desportiva» não está criminalizada, ou coisa assim. E se não for por isso, arranjar-se-á uma qualquer irregularidade processual ou o que for...

terça-feira, dezembro 12, 2006 1:11:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

...e ou eu me engano muito ou este livro ainda se vai tornar num anexo da Biblia ... uma especie de novissimo testamento...
FORÇ'AÍ!js de http://politicatsf.blogs.sapo.pt
alguém me sabe dizer se ...a Carolina ainda está viva?

sexta-feira, dezembro 15, 2006 3:55:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Pois, acho que a primeira edição esgotou num ápice?!?!?

sábado, dezembro 16, 2006 12:18:00 da manhã  

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