E aos costumes disse nada...
Ontem vi nas televisões da Pólis uma cena quase indecorosa. Assassina, mesmo. As televisões apanharam Paulo Macedo, o Director-Geral dos Impostos, à saída de uma missa de acção de graças na Sé, creio que paga por ele, mas mandada celebrar em nome de um organismo do Estado. Enfim, um fait-divers, uma quase não-notícia. Uma trivialidade que o mais inábil dos aprendizes de político esvaziaria numa frase. E o que fez Paulo Macedo: aos costumes disse nada... Aferrou uma cara-de-pau e nada disse, ignorando os repórteres e passando de cenho carregado...
Alguém tem de explicar a estes tecnocratas, de excelente qualidade, como é o caso, o que é ser detentor de um alto cargo público e os deveres que lhes estão inerentes... Também este deveria frequentar um curso intensivo de cidadania, já não se fala sequer de um curso de Alta Administração Pública (basta um de média ou mesmo de baixa)...
Etiquetas: Personagens
9 Comments:
Caro Politikos, porque é que os «media» têm de se intrometer em questões particulares, que lhes não dizem respeito, nem ao país? Quem se julgam esses homúnculos, chamados repórteres? O Paulo Macedo não tinha de dar qualquer resposta. Não é um político, hábil no artifício, e ainda bem!
Caro Politikos, concordo, genericamente, com a Luar. Acho aliás que, tratando-se do polémico Paulo Macedo e estando em causa uma cerimónia religiosa (acto «politicamente incorrecto»), nenhuma resposta saciaria a «sede de sangue» dos nossos «media». Melhor o silêncio.
O Paulo Macedo não foi a uma missa qualquer. Foi a uma missa encomendada pela DGCI, que não é uma coutada do seu director.
Vejo que nutre alguma antipatia pelos jornalistas, caríssima Luar, como aliás pelos políticos... (claro os com C :-), como já sabemos...
Mas saiba que os jornalistas são o povo: aquele que não pode perguntar e quer saber e o Paulo Macedo detém um cargo ao serviço do povo, pelo só tinha de responder, ainda que dissesse que não respondia: fazendo o que fez foi rude e malcriado... E pior, não percebeu que já não está no BCP... No BCP podia fazê-lo, nos Impostos não pode...
P.S. - Saiba ainda que até o acho muito competente, com serviço feito e não nutro qualquer sentimento mesquinho de inveja em relação ao seu vencimento...
Cara q.b. A questão que coloco nem sequer tem a ver com a cerimónia religiosa, que eu não valorizo por aí além, embora ache que seria dispensável, a questão essencial tem a ver com a atitude cívica: já nem falo nas boas maneiras e na falta de chá...
É tb isso, cara Maloud...
Bom, ao serviço do povo, ou não será mais nos bolsos do povo?
O homem tem feito bom serviço, Kroniketas: merece o que ganha; aliás, ganha o mesmo que ganhava no BCP onde até estava menos sujeito a envovalhos públicos, de onde...
Sim, mas o bom serviço dele é vir aos bolsos do povo. Agora esta de ter que declarar os empréstimos ou ofertas superiores a 500 euros. Só visto!
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