A escrita e o «proletariado»
A escrita é um espelho de quem escreve e denuncia tanta coisa: a instrução, a formação, a educação, o carácter, até a idade...
Porém, a vantagem de quem escreve na net, sob pseudónimo, é poder ser, nalguns aspectos, quem quiser ser e, por exemplo, ter aqui, mas só aqui, a idade que quiser... Contudo, há expressões, cujo uso, porque tão datado, inequivocamente nos denunciam:
«No ano 2000, o termo “classe operária” tinha caído em desuso nos Estados Unidos e a palavra “proletariado” estava de tal modo obsoleta que só um punhado de velhos marxistas azedos com cabelos a despontar das orelhas a conhecia».
Tom Wolfe – «Como era a vida no virar do segundo milénio: um mundo de americanos». In Hooking up: um mundo americano. Lisboa: Dom Quixote, 2000, p. 11.
Porém, a vantagem de quem escreve na net, sob pseudónimo, é poder ser, nalguns aspectos, quem quiser ser e, por exemplo, ter aqui, mas só aqui, a idade que quiser... Contudo, há expressões, cujo uso, porque tão datado, inequivocamente nos denunciam:
«No ano 2000, o termo “classe operária” tinha caído em desuso nos Estados Unidos e a palavra “proletariado” estava de tal modo obsoleta que só um punhado de velhos marxistas azedos com cabelos a despontar das orelhas a conhecia».
Tom Wolfe – «Como era a vida no virar do segundo milénio: um mundo de americanos». In Hooking up: um mundo americano. Lisboa: Dom Quixote, 2000, p. 11.
Etiquetas: Língua Portuguesa, Outsiders
7 Comments:
A escrita revela, de facto, muito de quem escreve.
Achei foi graça à vantagem (uma das) que Vexa vê em escrever sob pseudónimo: a de poder ter a idade que quiser...
Não gosta da que tem?!
;-))))
Assumo-a integralmente, pelo menos, o que já não é nada mau.
Menos mau, de facto...
:-)
Exacto, há quem nem isso faça... porém, acaba denunciado, por exemplo, pelo uso de certas expressões... Pela boca...
;-)
Caro Politikos, há mais palavras «antigas» e não menos reveladores: «lavoura» (no lugar de agricultura); «pia» (no lugar de retrete ou sanita, como queira – eu prefiro a primeira, que tem um tom recolhido); «pote» (no lugar de frasco); «casa de jantar» (no lugar de sala de jantar)… Em minha casa, o uso de tais expressões é assunto tabu! :-D
Cara Luar
Tem toda razão. E com essas muitas outras. Aliás, já aqui disse que o Paulo Portas é o único português com menos de 65 anos a usar a palavra «remédios» em vez de medicamentos... Como se vê, pois, há expressões datadas. E há expressões, como «proletariado», utilizada para significar alguém com escassos rendimentos, que só podem usadas por alguém com pelo menos 30 e tal anos...
É curioso, também, que entre cinco características que referi(instrução, formação, educação, carácter, idade) a «nossa» Atenas tenha «achado graça» à idade... Porque terá sido?!
;-)
Caro Politikos,
rio-me. Muito!
:-D
(característica de gente jovem...)
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