Os «mammone», a «Geração dos 1000€» e o «emprego compatível»
A Visão desta semana (683, p. 69) refere que 80% da população italiana entre os 18 e os 30 anos ainda vive com os pais. Chamam-lhes Mammone. A palavra dispensa outras explicações. Uma engenheira química, com 28 anos, diz mesmo que se sente «como uma planta num vaso: bem tratada mas incapaz de crescer».
Em França, cujos acontecimentos motivados pela Lei do Contrato de Primeiro Emprego são conhecidos, fala-se na chamada Geração Mil Euros, ou seja, na geração de jovens com um curso superior que, depois de integrados no mercado de trabalho, não consegue ganhar mais de 1000€ e não tem grandes perspectivas.
Ambas as situações reflectem um posicionamento que tem raízes ancestrais e que se radica na ideia genericamente aceite de que alguém com curso superior é alguém muito qualificado. E de que alguém com um curso superior tem uma espécie de direito adquirido a ter um bom emprego e a ganhar muito dinheiro. Entre nós, o fenómeno chama-se «emprego compatível». Ora, nem uma coisa nem outra são verdadeiras, como se sabe...
Com a generalização da educação superior, o que está a acontecer é inevitável e reflecte apenas e só o mercado a funcionar… Independentemente de o Estado ter de exercer neste sector alguma regulação e prestar alguma informação sobre oportunidades e carreiras, o que tem de mudar é - a meu ver - sobretudo o posicionamento de quem tem o tal curso superior…
Em França, cujos acontecimentos motivados pela Lei do Contrato de Primeiro Emprego são conhecidos, fala-se na chamada Geração Mil Euros, ou seja, na geração de jovens com um curso superior que, depois de integrados no mercado de trabalho, não consegue ganhar mais de 1000€ e não tem grandes perspectivas.
Ambas as situações reflectem um posicionamento que tem raízes ancestrais e que se radica na ideia genericamente aceite de que alguém com curso superior é alguém muito qualificado. E de que alguém com um curso superior tem uma espécie de direito adquirido a ter um bom emprego e a ganhar muito dinheiro. Entre nós, o fenómeno chama-se «emprego compatível». Ora, nem uma coisa nem outra são verdadeiras, como se sabe...
Com a generalização da educação superior, o que está a acontecer é inevitável e reflecte apenas e só o mercado a funcionar… Independentemente de o Estado ter de exercer neste sector alguma regulação e prestar alguma informação sobre oportunidades e carreiras, o que tem de mudar é - a meu ver - sobretudo o posicionamento de quem tem o tal curso superior…
5 Comments:
Já lhe expliquei, noutra ocasião, a lógica existente neste blogue entre texto e imagem. Se reparar na primeira palavra do título lá encontrará a sua explicação...
Mas, neste caso, não posso negar que aproveitei o ensejo para dar a este blogue um certo ar de Grazia... ;-)
Fale, por si, cara Luar... Vai ver que há outros cibernautas que lhe vão achar muita Grazia...
Bom, a grazia é a das mamonas... e já agora poderia dizer-se onde foram encontrados tão exuberantes exemplares!!! Em todo o caso, lido o texto a relação é nula. Parece mesmo que o título foi arranjado só para justificar a imagem. Quase me atreveria a dizer que a imagem se podia aplicar também a um grupo brasileiro chamado "Mamonas assassinas"...
Ora bem, já se percebeu que por aqui não temos solidariedade masculina, nestas questões. Estes «exuberantes exemplares», aliás apenas entrevistos, foram encontrados no Google, pesquisa de imagens, sob o termo «tetas». É, aliás, a primeira imagem que aparece... A relação com o texto é dada pelo termo «mammone», não é nula. O nosso amigo Kroniketas, leitor atento de «A Bola» desde os anos 80 - pelo menos - deveria estar familiarizado com esta forma de «jogar» com os títulos, que foi uma imagem de marca daquele jornal. Ainda hoje, quanto a mim, os jornais desportivos têm dos títulos mais bem «bolados» da imprensa escrita. O que se procura fazer aqui é apenas um exercício de estilo, já visível em muitos outros postes e não só neste. Das Mamonas Assassinas, que infelizmente já não estão entre nós, tb há cá em casa um CD...
Cara Luar, o estilo pode ser diferente. Mas em questões de estilo, cada um tem o seu... Quanto ao quilate, não se esqueça de que nem tudo o que luz é ouro... E mesmo no ouro há variações, de 18 e de 24 quilates...
Enviar um comentário
<< Home