12 de abril de 2006

Regularidades: o 200 que afinal é 196!

São as regularidades que orientam a vida na Pólis. Ainda que discordemos delas. Hoje deparámo-nos com uma quebra dessas regularidades que norteiam e conferem segurança à nossa vida na Pólis. Momentaneamente, instalou-se a confusão. E depois a perplexidade. Vamos falar novamente da Câmara Municipal de Lisboa (CML). Agora já não da EMEL mas da CML itself. A instituição pública que - quanto a nós - pior funciona na Pólis. Leva a palma a todas as outras. Ineficácia absoluta. Dizemo-lo fundamentadamente, por motivos que não vêm agora ao caso. Hoje falamos apenas de uma cretinice. De manhã fomos à sede da Companhia de Seguros Victória. Rezava no estacionário da dita seguradora a seguinte morada: Avenida da Liberdade, n.º 200. Apenas e só uma das artérias principais de Lisboa. Expectavelmente, confiámos na regularidade da distribuição urbana dos prédios da Pólis: números pares de um lado, números ímpares do outro, sem hiatos. Engano! Fomos caminhando no sentido Restauradores-Marquês de Pombal. A numeração sucedia-se por ordem crescente, fazendo-nos aproximar do ponto de destino, o tal número 200. Ao 190, sucedeu-se o 192, a este o 194 e a este o 196. Porém, ao 196 sucedeu-se o 202! Onde estavam o 198 e o 200 da Avenida da Liberdade? Voltámos para baixo, desconfiando dos nossos olhos e do nosso tino. Nunca da regularidade expectável da vida da Pólis. E a coisa confirmou-se. Um cívico fardado, que por ali andava, elucidou-nos sobre qual era o prédio da Victória. Era o 196, por cima da porta, e o 200 numa placa de acrílico ao nível dos olhos! Segundo me disseram depois, a burocracia da CML não permite que se coloque o n.º 200 por cima da porta, apesar de ele não existir em nenhuma outra porta e de este ser a sede da Victória. Certo é que não existe nem 198, nem 200, na Avenidade da Liberdade, em Lisboa. Fora-de-série, realmente, mas fora da série que esperávamos da regularidade da vida da Pólis...

5 Comments:

Blogger Politikos said...

As regularidades tornam a n. vida expectável. Se elas desaparecem, instala-se o caos e a desordem na Pólis. Por isso vou pagar os tais 2 aérios à EMEL, ainda que não concorde com as regras. Os exemplos de «irregularidades» - deixo de fora o sentido criminal da expressão - ocorrem-lhe porque nem sequer repara nas regularidades, que são o esperado. Um bocado filosófica, esta conversa, hein!

quinta-feira, abril 13, 2006 4:03:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Ah, e as m. vão ficando cada vez mais para baixo... Para o bem geral das «regularidades» Pólis... ;-)

quinta-feira, abril 13, 2006 4:05:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

“Durante a maior parte da Longa Marcha, Mão foi carregado numa liteira. A mitologia oficial chinesa diz que ele caminhou durante todo o tempo.” – Quitéria Barbuda in “O Diabo”, Revista “Espírito”, nº 33, 2006.

www.territoriolivre.com.sapo.pt

segunda-feira, abril 17, 2006 4:24:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não é assim tão estranho, porque há números que desaparecem quando se reconstroem alguns prédios. Se se demolir um bloco onde havia duas portas e se reconstruir apenas com uma, há um número que desaparece.

quarta-feira, abril 19, 2006 12:43:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Sim, o que refere acontece, mas não devia, sob pena de, no futuro, ninguém se entender. E para o que refere, há a solução, que já vi aplicada, de referir, por exemplo: «196 (antigo 200)».
O que não acontece é haver uma Companhia que diz que está no 200 e afinal está no 196. E no 196, há um número por cima da porta e outro num acrílico à altura dos olhos... Isso não acontece ou pelo menos não devia acontecer.

quarta-feira, abril 19, 2006 1:42:00 da manhã  

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