Mas afinal são 10 ou 20 mil?
Nunca deixo de me surpreender com a falta de rigor, quer na escrita, quer nos conteúdos, dos jornais e revistas da Pólis. Ademais com a responsabilidade social que desempenham na educação e na formação da opinião da pública. É óbvio que uma peça jornalística não tem de ter a exemplaridade gramatical de um teste de Português, nem o rigor científico de um ensaio. Mas deve haver um cuidado mínimo. E por vezes não há.
Esta semana na Visão (n.º 695), na entrevista a Mari Alkatiri, este refere que teve de «travar 20 mil pessoas que queriam entrar em Díli». Isto na página 70. Por sua vez, o jornalista que faz aquele trabalho refere na peça Alta Tensão em Timor, na página 71, «Mari Alkatiri conteve cerca de 10 mil apoiantes do partido no poder». Pergunto, mas afinal são 20 mil ou são 10 mil? Ninguém leu a entrevista e a notícia? Quem leu não reparou na discrepância?
Ora, bem sabemos que os números por vezes e de tão grandes deixam de ter significado. Porém, nestas matérias, tal como se viu no arrastão do ano passado em Carcavelos, em que o número de elementos envolvidos oscilou entre os 50 e os 500, isso pode fazer toda a diferença...
Esta semana na Visão (n.º 695), na entrevista a Mari Alkatiri, este refere que teve de «travar 20 mil pessoas que queriam entrar em Díli». Isto na página 70. Por sua vez, o jornalista que faz aquele trabalho refere na peça Alta Tensão em Timor, na página 71, «Mari Alkatiri conteve cerca de 10 mil apoiantes do partido no poder». Pergunto, mas afinal são 20 mil ou são 10 mil? Ninguém leu a entrevista e a notícia? Quem leu não reparou na discrepância?
Ora, bem sabemos que os números por vezes e de tão grandes deixam de ter significado. Porém, nestas matérias, tal como se viu no arrastão do ano passado em Carcavelos, em que o número de elementos envolvidos oscilou entre os 50 e os 500, isso pode fazer toda a diferença...
Etiquetas: Jornais
6 Comments:
... eu começaria por somar e dividir por dois. Teria o número certo...
;)
Nunca reparou, caro Politikos, que na boca ou na pena dos jornalistas, quem apupa Xanana são militantes da Fretilin, mas quem dirige uns "mimos" a Alkatiri são sempre e só timorenses? Talvez esteja aí a razão da discrepância dos números.
Pois - com o conhecimento concreto que demonstra da situação no terreno - só posso agradecer-lhe a intervenção que me abriu a «visão», para lá da Visão, e me fez pensar que aquilo deve ser uma espécie de jornalismo do «ar condicionado»... E ainda recordar com saudades os bons velhos tempos da Grande Reportagem, caro Manoel das Couves (completamente diferente, aliás, de Manuel das Couves ou de Manel das Couves ;-)
Volte sempre...
Ora bem, Menina Marota, acho uma boa metodologia, a que propõe: tb usada quando se quer aferir com rigor os números de uma greve em Portugal (somam-se os números do patronato com os dos sindicatos e divide-se por 2: na «mouche» :-)
Uma «nuance» que ainda não tinha reparado, cara Maloud... Vou estar atento... Mas constatei, com espanto, que o Alkatiri afinal ainda consegue mobilizar uns milhares de pessoas, quando o que nos foi apresentado era que o homem só tinha o apoio do «aparelho» da FRETILIN e que foi eleito por «braço no ar», etc. & tal...
Acho que anda muita gente a falar de cor, manipulada ou a manipular, o que se pega com o que diz o Manoel das Couves: se não saem de Díli e, porventura, só de certos locais de Díli, «comem» a versão de Díli...
Keep up the good work » »
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