21 de julho de 2007

O Harry Potter, os pastéis de Belém e o segredo de justiça…

Foi ontem à meia-noite que saiu o novo livro da saga de Harry Potter (confesso que não sou apreciador). Parece que morrem duas personagens, o que tem suscitado a curiosidade dos paparazzi literários um pouco por todo o lado. O lançamento foi feito em simultâneo em todo o mundo, inclusive entre nós, na FNAC. Imagine-se, pois, a quantidade imensa de pessoas envolvidas numa operação como esta. E o que se sabe é que nada transpirou e há milhões de exemplares impressos.
Ora como também se sabe, o Procurador-Geral (PGR) desta nossa Pólis
declarou, pouco depois de tomar posse, que não havia nada a fazer para erradicar a violação do segredo de Justiça e que este seria sempre violado. Imagine-se uma empresa com uns quantos problemas graves e sobre um deles o presidente do conselho de administração recém-nomeado diz que não há nada a fazer! O que fariam os accionistas?!
Pessoalmente, sugiro que seja constituída de imediato uma comissão, integrando o PGR e outros altos agentes da Justiça da Pólis, para estudar, junto da editora Bloomsbury, que publica o Harry Potter, o modo como decorreu toda esta operação. Creio que não lhes será difícil aprender alguma coisa para melhorar
o actual estado de coisas em matéria de segredo de Justiça. E, se não houver dinheiro para tal, podem pelo menos contactar a Confeitaria dos Pastéis de Belém - ficam hospedados logo ali ao lado, no Palácio - e aprendem como aquela famosa casa tem conseguido, desde tempos imemoriais, manter, sem fugas, o segredo da receita...
Nota - E a foto, fomos buscá-la
aqui.

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7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caramba, Caro Politikos,
esta foi bem apanhada.
Muito bem apanhada.
De morte!
Parabéns. Um dos melhores posts de Vexa, da etiqueta "Justiça"....
:-D

sábado, julho 21, 2007 6:41:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Bem nem há comentários! A minha ideia é que esteve à espera do lançamento do livro para poder dar as suas ferroadas!! Foi um estudado truque de feitiçaria??

Qanto aos pastéis de Belém, não concordo,o sabor está muitas vezes, na minha opinião, relacionado com o local e a ocasião em que os mesmos são apreciados!!! Digo-lhe que há cópias pefeitas!!!

sábado, julho 21, 2007 7:38:00 da tarde  
Blogger Luísa A. said...

O problema, caro Politikos, é que o nosso Estado não parece ser entidade que inspire, aos que o servem (e aos outros, também), os sentimentos de lealdade e de respeito necessários para que se guardem segredos.

domingo, julho 22, 2007 5:44:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Ainda bem que concorda, cara Atenas. Mas olhe que falo a sério. Olhe que é obra com tanta gente envolvida e em tantos sítios nada ter transpirado! Certamente que a editora teria muito para ensinar o sr. PGR! Quem sabe até possamos vir a atribuir, por «outsourcing», a empresas as investigações do MP... Não seria difícil fazer melhor. Parece-me!
;-)

segunda-feira, julho 23, 2007 12:34:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Caro anónimo
É na verdade como diz. Andava há dois dias para fazer este «post». A coisa deu certo e aí está ele. Mas só o fiz depois, pois zelo pela «coisa pública». É que não iria propor uma coisa que não sabia se iria dar certo até ao fim :-)

Quantos aos pastéis de Belém, nunca comi melhores que os dali. Fico à espera dos seus sábios conselhos sobre as cópias perfeitas. É que não sendo propriamente um guloso, não desdenho um bom pastel de nata...

segunda-feira, julho 23, 2007 12:39:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Cara Luar
Lá está Vexa, sempre derrotista em relação ao Estado. Não vê que o problema do segredo de Justiça passa pela obsolescência de uma máquina que se «aburguesou» e se tornou laxista à sombra da absoluta «separação de poderes». E que ninguém controla. Esse é que é o verdadeiro problema.

segunda-feira, julho 23, 2007 12:45:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

LOL!!!

domingo, julho 29, 2007 1:51:00 da tarde  

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