Promessas e objectivos
Ontem, na entrevista na SIC com o Primeiro-Ministro, ficámos a saber que uma coisa são promessas e outra são objectivos. As promessas são para cumprir. Quando o são: veja-se o que se passou com o aumento de impostos. Os objectivos podem não ser. Assim, a criação de 150 000 postos de trabalho era um objectivo, não era uma promessa. De onde, pode não ser cumprido. O facto de terem sido criados, até à data, cerca de 40 000 novos postos de trabalho e não os 150 000, não tem problema nenhum, porque não se tratava de uma promessa mas sim de um objectivo.
Façamos agora aqui duas analogias:
Façamos agora aqui duas analogias:
1.ª Os funcionários públicos são, desde há alguns anos, avaliados por objectivos que ou cumprem e têm Bom, ou excedem e têm Muito Bom ou excedem claramente e têm Excelente. Se não cumprem, não atingem, terão Necessita de Desenvolvimento. E o Governo quer legislar no sentido de que, não cumprindo os objectivos em dois anos consecutivos, possa haver lugar a despedimento com justa causa.
2.ª Sendo hoje as empresas - mal ou bem - um paradigma para o Estado, o que é que acontece quando os gestores das empresas não cumprem os objectivos?!?!?!
2.ª Sendo hoje as empresas - mal ou bem - um paradigma para o Estado, o que é que acontece quando os gestores das empresas não cumprem os objectivos?!?!?!
Exacto!
Etiquetas: Administração Pública, Personagens, Políticos
11 Comments:
Caro Poitikos,
deve ser, certamente, da pouca idade que tenho (ou então sou mais lerda do que julgava), mas não sei se compreendi muito bem a sua última pergunta.
O que é que acontece?
E já agora, porque é que uma das "etiquetas" é de "personagens"?
Antecipadamente grata pelo esclarecimento,
"sua" Atenas.
Cara Atenas, antecipo-me ao Politikos: gestor não atinja os objectivos, não aquece o lugar. Não creio, de resto, que o nosso PM tenha medido o alcance da sua distinção, aliás académica, entre promessas e objectivos. É que, se uma promessa não cumprida sinaliza uma mentira, um objectivo falhado indicia incompetência. Ora, tanto quanto conheço os políticos, julgo que sempre preferem ser tidos por mentirosos (uma trivialidade na classe) do que por incompetentes.
Cara Atenas
Não é lerda (vê chavalas de 20 e poucos utilizarem este termo?!?!),apenas está a fazer género. Vexa já conhece a resposta à primeira pergunta, além do mais a Luar também já lhe respondeu.
Acerca da segunda, a etiqueta «Personagens» deve-se ao facto de se falar do PM.
Cara Luar
Excelente análise a sua sobre as implicações dos termos «Promessas» e «Objectivos». Muito bem observado.
Meu caro Politikos,
:-D
:-D
:-D
Olhe, vá ao meu comentário ao post anterior..., nele não estou a fazer género... :-))))
Cara Luuar,
muito bem observado.
Digo-lhe mais (perdoe-me a sinceridade, Caro Politikos...): gosto mais da forma sintética como disse tudo no seu comentário do que do "post" do Politikos (que também apreciei, esclareça-se).
Com Vexas enriqueço-me dia-a-dia!
:-)
Mas estamos a falar de que tipo de empresas? Públicas ou privadas?
Cara Atenas
Está-me a repetir no comentário. Não há dúvida de que aprende muito connosco ;-)
Não tem nada que pedir desculpa. Eu próprio também achei o comentário da Luar muitíssimo feliz. E também o prefiro ao meu poste. É mais imaginativo e mais interpretativo. Como vê, sempre vamos concordando com alguma coisa.
Aqui referia-me mais a «empresas privadas» mas «públicas» também serve.
Nas privadas levam um chuto. Nas públicas são promovidos, ganham um prémio de produtividade e a seguir vão desempenhar um alto cargo noutra empresa pública. É assim que funciona.
Kroniketas. A coisa é basicamente igual. Nas privadas levam um chuto, isso é certo, e vão para outra empresa. Nas públicas, levam o mesmo chuto e vão também para outra empresa pública. Só que como o patrão é o mesmo e os jornais estão mais atentos, nota-se mais.
E sobre o poste, não temos opinião?!
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