5 de junho de 2009

A resposta taco-a-taco que não chegou a vir

Freitas do Amaral (FA) num notável artigo na Visão de há duas semanas fez um repto a Louçã, sob a forma de perguntas. O artigo é de uma clareza meridiana, com aquele raciocínio simples, articulado e estruturado que caracteriza FA. Fiquei curiosíssimo em conhecer a resposta de Louçã. Ela veio na semana seguinte. Infelizmente, a resposta de Louçã é generalista, embrulhada e abstracta. Louçã caiu na armadilha montada por Freitas e não a conseguiu desmontar. A forma como FA o encostou à parede exigia dele uma resposta clara e directa, ponto a ponto, taco-a-taco, pergunta a pergunta. E não foi isso que aconteceu.
Para além das questões de forma, o problema maior são as questões de substância.
O BE já fez um grande trajecto, ao arrumar a tralha trotskista e outras no baú das antiguidades e ao fazer emergir uma geração mais nova, mais urbana, mais cosmopolita, menos trauliteira, com densidade política e propostas concretas. Falta-lhe, porém, aquele bocadinho assim para se tornar um partido positivo que contribua para a governação do país. Talvez na próxima geração! Porém, com os descontentes do PS e outros que ideologicamente não querem encostar ao centro ou guinar à direita onde apenas encontram mais do mesmo, o BE pode ver-se de um momento para o outro com um número de votos que o faça ter de crescer mais depressa... e não só nos votos...

Etiquetas: , , , ,

Hits
cidadãos visitaram a Pólis desde 22 Set. 2005
cidadão(s) da Pólis online