20 de fevereiro de 2007

Aqui tem…

Hoje ao almoço assisti, numa das televisões da Pólis, a uma reportagem de rua na Madeira que julgava já não ser possível hoje, na Pólis... Várias pessoas foram entrevistadas e muitas – demais - recusaram-se a comentar a demissão de Alberto João Jardim. Simplesmente não quiseram falar ou passaram pelos repórteres de modo fugidio, balbuciando «nãos». Duvido que por cá algo de semelhante acontecesse: raramente se encontram pessoas que não acedam a comentar factos da actualidade política. Por cá respira-se. E, a contrario sensu, a atitude é mais a do emplastro: quer-se botar faladura, aparecer… Lembrei-me, então, de uma conversa recente que tive com alguém: um quadro superior da Administração Pública (AP) madeirense que me dizia mal do respectivo chefe: um simples chefe de divisão - sublinhe-se - isto é, alguém que ocupa o primeiro patamar de direcção da nossa AP… E, a dado passo, acrescentou qualquer coisa como: «vê bem como eu confio em ti que até te conto no MSN todas estas coisas: isto era o suficiente para me demitirem». Ao que eu lhe disse: «estás doido(a), mas o que tem demais o que disseste?». E diz-me convictamente essa pessoa: «Aqui tem»… Não aprofundei a frase… Mas hoje colei aquilo com isto…
Já agora, e descontando a paupérrima tralha argumentativa, ainda por cima de mau gosto e insultuosa, do dito Alberto João – o costume, dir-me-ão -, pergunto: Quanto irá custar este processo eleitoral inútil?! Quanto irá custar este brincar à democracia?!

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caro Politikos, já sabe que, no que diz respeito ao AJJ, a minha posição não é linear: o homem desgosta-me, mas acho graça ao político. Acresce que esta sua demissão me parece bastante «democrática». Gostaria que por cá se fizesse do mesmo modo de cada vez que se não cumprem promessas.

sábado, fevereiro 24, 2007 9:21:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Caríssima Luar
Bem sei da sua relação ambivalente com o personagem. Não digo que a demissão não seja «democrática». Do ponto de vista da «legalidade» é-o, decerto. Mas da «honestidade», como alguém já distinguiu, sê-lo-á?! E para quem não gosta de «políticos», gostar deste «político» não será uma contradição nos seus termos?
Isto, claro, sou só eu a falar...
;-)

sábado, fevereiro 24, 2007 11:41:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A mim o que me impressiona sempre, nos dias de hoje, é o "medo". Quando supostamente existe liberdade de expressão...
A ditadura do dinheiro é a pior de todas: as pessoas têm medo de perder o "emprego" ou de serem prejudicados no "trabalho".
Já não há muitos com coragem de dizerem, alto e bom som, o que pensam, criticando o que está mal.
E vão-se calando... tanto nas ilhas como no continente...

segunda-feira, fevereiro 26, 2007 11:08:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Sem dúvida, cara Atenas, a auto-censura é também uma forma de censura que, porém, sempre existiu e sempre existirá... Mas há-de convir que, na Madeira, pela realidade peculiar que foi criada pelo poder instalado e pelo facto de ser um meio pequeno o fenómeno tem uma dimensão, à primeira vista, muito maior do que eu poderia supor...

terça-feira, fevereiro 27, 2007 10:53:00 da tarde  

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