27 de abril de 2007

Estado(s)... da arte...

Parece que - pelas televisões da Pólis o soubemos - Carmona Rodrigues foi constituído arguido no caso Bragaparques. É sempre assim, sabemos da constituição dos arguidos ou pelas televisões ou pelos jornais. Nunca pelo canal certo, o da Justiça. O Procurador-Geral da República da Pólis, claro, nada diz sobre isto. Aliás, já em tempos disse tudo, ou seja, que não havia nada a fazer. De onde, tudo vai continuar assim. O que eu não deixo de meditar é que, por exemplo, no caso das OPA, nunca se sabe o que vai acontecer antes de realmente acontecer, no sítio certo. O mesmo se passa no caso da sucessão de Belmiro de Azevedo na SONAE e/ou noutros negócios da Pólis. Faz-se, assim, jus, e de que maneira, ao velho rifão de que o segredo é a alma do negócio. Também nesta falta de profissionalismo, de rigor, de cumprimento das mais elementares regras se vê a decadência do Estado de Direito. Hoje temos apenas o Estado da Economia e, quanto mais não seja por antinomia, merece o lugar que ocupa. É o estado da arte...

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7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

e o timing senhores...e o timing!

sexta-feira, abril 27, 2007 3:02:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

É triste, caro Meteco; é bem triste o que se passa com quem devia dar o exemplo e querem que se confie no sistema...

sexta-feira, abril 27, 2007 6:39:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

à parte o seu elevado e concreto comentário, vamos vêr como isto acaba!!!!

Numas próximas eleições autárquicas, deveriam elucidar os eleitores da Pólis(os persistentes que ainda lã vão)fazendo constar no Boletim de Voto quantos arguidos fazem parte daquela autarquia,

Ajudava um bocadinho a fazer uma previsão, não dos votos nesses indivíduos (aí o povo é soberanamente inconsciente) Mas pelo menos ajudava o pobre cidadão da Polis a prepara-se para as "novelas" futuras da autarquia onde está inserido.

sexta-feira, abril 27, 2007 10:33:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Pois, caro anónimo, creio que só pode acabar de uma maneira... Aquilo apodreceu de tal modo que só resta mesmo um caminho a Carmona...
Quanto à questão dos arguidos, aqui só é relevante por se tratar de arguidos constituídos no âmbito de um processo que decorreu do exercício das funções públicas que desempenham... e com óbvia gravidade, de acordo com o que veio a público...
É preciso algum cuidado com este estatuto de «arguido», que aliás se adquire com a rapidez de um foguete, já que o MP aproveita tudo e tudo serve para que se seja constituído arguido na Pólis... Se aquela «rapaziada» do MP pensasse mais com a cabeça em vez de com a lei e sobretudo se fosse penalizada pelos arquivamentos... veria como diminuía o número de arguidos!
Nas autárquicas, então, meu caro, não me recordo da última vez que não votei branco ou nulo - sim, porque nisso faço questão de ir lá sempre...

sábado, abril 28, 2007 8:33:00 da manhã  
Blogger maloud said...

Porque é que o Carmona se deve demitir? O Rio também é arguido e que me conste ninguém exigiu a sua demissão.

quarta-feira, maio 02, 2007 12:12:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Bem Maloud, vejo que a sua bitola anda ultimamente bastante folgada em termos de exigência para com os titulares de cargos públicos... Está certo e está de acordo com «l'air du temps»...
O seu comentário não é ao poste mas a um comentário meu a outro comentário, porém, licíto na mesma. E, se reparar bem, nesse comentário já lá tem a resposta quando se fala nos cuidados a ter com o estatuto de «arguido»...
Bem sei que não «grama» o Rio mas só por «cegueira» ou «clubite» se podem comparar as situações. O Rio foi arguido - não sei sequer se ainda é - ao que me constou por desrespeitar um embargo administrativo decretado pelo IPPAR que depois até retirou a queixa... Qualquer semelhança com o que se passa com Carmona - aliás não é sequer só com ele, é com grande parte dos vereadores do executivo camarário - convirá, é mera coincidência?!

quarta-feira, maio 02, 2007 12:42:00 da manhã  
Blogger Luísa A. said...

Caro Politikos, o Estado é da Economia, não só por tudo o que escreve, mas também porque o próprio «estado» (que, ao que dizem, perdeu dignidade de maiúscula) está transformado em «empresa».

sábado, maio 05, 2007 8:45:00 da tarde  

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