10 de maio de 2007

A roseta figura: reflexões alfacinhas

Helena Roseta chegou-se à frente e parece que vai ser candidata à Câmara Municipal de Lisboa (CML) como independente. Já foi, aliás, independente dentro de um partido político, o que é, de algum modo, um contra-senso nos seus termos, pelo que apenas recuperou o estatuto que já teve. Soubemos também que ela havia escrito, há uns meses, uma carta ao líder do PS sobre a situação da CML, porventura constituindo-se como alternativa. Como não teve resposta, saiu do partido, exactamente agora. Realmente conveniente! Imagino que não saísse se o PS respondesse positivamente às suas pretensões e que que saísse indignada se a resposta fosse negativa. Assim, saí apenas melindrada por não ter tido resposta. Como se vê, pois, na saída só muda o adjectivo. O melindrada ouvi-o da boca de Manuel Alegre que já saiu em defesa dela. Favor com favor se paga! Deixando tudo isto de lado, confesso que racionalmente aceito este chegar-se à frente para o desempenho de cargos públicos. Quem quer, deve dizer que quer e ir à luta. Porém, talvez por educação – admito que errada – repugna-me este comportamento. Neste momento – admito ainda que não é a razão que fala – sinto nojo por ele. Naturalmente que as manobras de diversão: carta e etc. também ajudam, e muito, a compor o ramalhete. Mas, a meus olhos, pelo menos para uma coisa tudo isto serviu: foi para excluir liminarmente das minhas opções a roseta figura.

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12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Meu caro Politikos não consigo de modo algum concordar com o artigo. Por vários motivos. Fica para amanhã, com tempo, o comentário detalhado sobre a minha não concordância. Agora estou de saída para um merecido descanso!!!

Para já, avanço: É uma mulher inteligente, activa e determinada...

sábado, maio 12, 2007 10:18:00 da manhã  
Blogger Politikos said...

Meu caro(a) Anónimo(a)
Nós por cá gostamos da discordância. Aprendemos sempre com ela. E se todos gostássemos do «amarelo», era uma tragédia.
E mais, concordo com os seus três adjectivos para definir a personagem. O que me repugna é a atitude, o calculismo, as manobras, o amiguismo...
Bom descanso e bom fds.

sábado, maio 12, 2007 11:03:00 da manhã  
Blogger Luísa A. said...

Concordo com ambos. A Helena Roseta é inteligente e determinada, e a sua condição de mulher e arquitecta acrescenta uma nota prometedora à candidatura. Mas também me repugnam certas manobras – ou os seus «timings». Fico a aguardar, com curiosidade, as razões do(a) nosso(a) anónimo(a).

domingo, maio 13, 2007 7:46:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Inteiramente de acordo no que respeita à determinação e inteligência da eventual candidata.
Já quanto às "manobras", veremos na comparação quem ganha a medalha.
É que já se falam de outros candidatos que, também neste aspecto, certamente darão que falar...

domingo, maio 13, 2007 10:57:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Então nada melhor que dar o voto ao homem que denunciou todas as manobras na Câmara: o José Sá Fernandes.

segunda-feira, maio 14, 2007 1:24:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Em resposta a Politikos, luar e atenas e após o meu "week-end" no "alloeste", cá vai. Concordam com os adjectivos aplicados à pessoa, o que me apraz constatar.

Quanto a manobras e "timings" tê-las-ão também os próprios partidos quando escolhem quem lhes convém, não no interesse da "polis" mas nos seus próprios interesses. Esta mulher sempre se destacou por não acatar as ordens do rebanho (será talvez incoerente aceitar militância). De outro modo vamos ver a Manelinha F.Leite a candidatar-se com o apoio do "mini" mss também com a sua manobra e o seu "timing" bem definidos. O que para mim está errado é a teimosia do PM em não aceitar uma pessoa em quem todos nós reconhecemos qualidades e conhecimentos adequados ao cargo. Teimosia essa que pode ter origem na postura decidida da dita, o que, a este tipo de homem não deve agradar.

segunda-feira, maio 14, 2007 6:56:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Cara Luar
Só cá faltava mesmo esse argumento «sufragista» de invocar a condição de mulher para acrescentar «notas prometedoras» à candidatura… Para lhe ser agradável vou admitir que esse argumento valha uma «nota» ou outra no meio do «concerto» da eleição autárquica… mas só mesmo umas «notitas»…
;-)

segunda-feira, maio 14, 2007 11:07:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Cara Atenas
Pois esperemos, então, para ver as manobras dos outros candidatos. Se me disser que são puros, eu acho que não são! Se me disser que não fazem manobras, eu digo-lhe que acho que fazem! Porém, não se armam é em vestais e em campeões do «anti-manobrismo»… Já sabe tb que não alinho no partido do mal menor... Como diz o Régio, «não sei para onde vou, mas sei que não vou por aí»...

segunda-feira, maio 14, 2007 11:11:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Ó Kroniketas, meu caro, sem qualquer preconceito, o Sá Fernandes é oriundo daquele «pot-pourri» desconchavado de partidos e tendências que é o BE… Acho que está lá bem, faz lá falta, mas não tem perfil para presidente da câmara… Além disso, como presidente tinha de fazer e não só dizer mal dos que fazem e do que está feito… Além do mais, figuras de tipo «justiceiro» não fazem o meu género…

segunda-feira, maio 14, 2007 11:15:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Bem, caro Anónimo, retemperado do seu fim-de-semana no «Alloeste»: o comentário acima já lá tem também uma «nota» discreta ao Oeste :-)
Vejo que afinal estamos – quase – inteiramente de acordo relativamente a este caso:
1.º Concordamos nos adjectivos aplicados à pessoa;
2.º Concordamos que houve manobras.
De onde, está tudo dito.
A diferença entre nós é que v. é mais complacente do que eu com as manobras.
Aliás, o seu comentário entra perigosamente numa lógica argumentativa de «tipo socrático» que é «se os outros também são ou também fazem, então está tudo certo».
Veja bem, e curiosamente, que eu até aplicaria iguais adjectivos ao nosso PM: inteligente, activo e determinado...
;-)

segunda-feira, maio 14, 2007 11:22:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Confirmo o que anteriormente disse. Todos têm os seus "timings". O do PS não "pegou". Qual seria a intenç
ão? Período do férias? Medo de um possível adversário à altura, não obstante ter apostado forte?

sexta-feira, maio 18, 2007 10:31:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

A questão não são os «timings» mas a forma de se chegar a eles. Não gostei e não gosto da atitude dela! Ainda para mais porque anda sempre a «bater com a mão no peito» da ética e etc. E afinal mostra-se ainda mais ambiciosa do que os outros, que pelo menos não fazem abordagens tão primárias...
É claro que o PS não tem interesse nenhum em ter a Roseta à perna, ademais ainda um pouco traumatizado com o caso Alegre...

sábado, maio 19, 2007 11:43:00 da tarde  

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