5 de maio de 2008

A esquadra sem porta

Num dos últimos dias da semana que passou uma reportagem da SIC da Pólis apresentou o caso de uma esquadra sem porta. Ali mesmo, ao Rossio. No coração de Lisboa. Após este caso, que deu o mote, o repórter aproveitou o balanço e avançou para a falta de condições de algumas esquadras. O caso não é, aliás, só das esquadras. Os serviços públicos, de uma forma geral, têm níveis de conforto muitos furos abaixo da maioria das empresas. Apesar de muitos encherem a boca com os gastos supérfluos do Estado...
Em seguida, ouviu-se o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, sobre o caso da esquadra sem porta. O ministro, questionado directamente sobre isso, ignorou por completo o caso concreto e fez um discurso genérico sobre os méritos do governo no reforço das condições das esquadras e das forças de segurança. Onde se exigia que se circunscrevesse ao que foi perguntado e dissesse alguma coisa simples, do tipo: «não sei, não conheço, mas se me diz isso, vou averiguar e se for tal como diz, para a semana já está resolvido», veio debitar uma ladainha sebenteira e propagandística. E sobretudo - e isso é o mais me aborrece - passar um atestado de menoridade mental aos cidadãos da Pólis que tiveram de o ouvir. Confesso que não sei mais o que me custa, se os políticos puros e duros, oficiais do ofício, treinados na arte do discurso areado se este tipo de gente de abordagens canhestras e sem o menor lastro político...

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2 Comments:

Blogger T said...

E agora andam a fechar as portas a todas..

segunda-feira, maio 12, 2008 1:09:00 da tarde  
Blogger Politikos said...

Será que ao menos fazem isso, cara vizinha?

segunda-feira, maio 19, 2008 12:30:00 da manhã  

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