Contra-Cultura...
Etiquetas: Democracia, Partidos, Presidente da República

Breves devaneios, reflexivos q.b., sobre a vida na Pólis & etc.
Etiquetas: Democracia, Partidos, Presidente da República
O mau funcionamento da Justiça no caso da providência cautelar do administrador da PT é directamente proporcional ao bom funcionamento da comunicação social. No que respeita à informação, quando um dos players não ocupa o espaço, outro o faz. Ou seja, quando a Justiça não informa, seja por imperativo legal, seja porque não sabe comunicar as suas decisões, aí temos os media a preencher o vazio. É também deste equilíbrio que se faz a democracia. Neste caso, a comunicação social averiguou e deu-nos a conhecer o fundamental do que estava em causa, omitindo, se existiram, passagens ou trechos privados e/ou expressões que não contribuem para o conhecimento dos factos. Não lemos as asneirolas que por vezes pontuam as conversas ou os putativos dichotes sobre a amante, sobre assuntos de família, da mulher, dos filhos, do gato, do cão ou do canário de quem quer que fosse. Apenas conhecemos o que era de interesse público e substantivo para nós, cidadãos da Pólis, formarmos a nossa própria opinião. Não alinho, pois, nos libelos acusatórios aos jornalistas, pelo contrário, acho que merecem os maiores encómios pelo serviço público que prestaram. Deixo isto aqui, para que conste, porque me repugnam algumas das coisas que li e ouvi. Ponho à cabeça, de memória, as declarações do inefável juiz Eurico Reis, que costuma comentar na SIC Notícias, o qual, com aquela rigidez própria dos aplicadores da lei, foi lesto a apodar os jornalistas de criminosos, avançando, logo ali, em caso de não acatamento, alguns argumentos jurídicos de mão, como o flagrante delito, para condenar o mensageiro… Risível.Etiquetas: Jornalismo, Justiça, Políticos
Etiquetas: Jornalismo, Justiça, Políticos
Não há jornais de referência em matéria de Língua Portuguesa. É tudo farinha do mesmo saco. Há quem aponte esse facto à supressão, por contenção de custos, das figuras dos revisores e copidesques, à pressão, por razões de rentabilidade, que obriga jornalistas e revisores, quando os há, a produzir mais e mais rapidamente, à impreparação de estagiários mal pagos que pululam nas redacções...
Pode ser que seja um mix de todas elas. Não estou, porém, tão certo de ser só isso!
Senão vejamos o Expresso desta semana em que no Primeiro Caderno, no dossier mais importante, na página central, no primeiro parágrafo, assinado pelos directores-adjuntos, João Vieira Pereira e Nicolau Santos, se pode ler:
«Teixeira dos Santos recebeu o Expresso no dia seguinte à apresentação do Orçamento do Estado. Apesar de estar a trabalhar à quase 48 horas seguidas não demonstrou qualquer sinal de fadiga.»
É que, neste caso, não são jornalistas estagiários mas dois dos directores-adjuntos do jornal, não são novos, pois é gente de meia-idade, ou para cima disso, não é culpa da falta de revisores ou copidesques, porque até as ferramentas de revisão do Word apontam este erro, não é pela pressão de custos, porque o Expresso é um jornal com uma situação financeira confortável, nem de tempo, porque o jornal é semanal, embora neste caso o texto possa ter sido preparado mais em cima da hora…
Pela enormidade do erro, chumbo certo na antiga 4.ª classe, pode ser apenas desleixo ou falta de competência… O que ainda é pior!
Etiquetas: Língua Portuguesa