Technicolor
Num mundo onde tudo nos aparece muito digerido, muito pronto-a-vestir, muito «escolha uma opção», foi com gosto que vi o filme A Dúvida. Detesto coisas a preto e branco, pessoas a preto e branco, ideias a preto e branco. As coisas são sempre mais complexas do que isso. Foi, por isso, que gostei de ver A Dúvida e o tratamento que nela se dá ao tema da pedofilia. Sob o ponto de vista da análise, as coisas são vistas de diversos ângulos. Nenhum deles é o bom, nenhum deles é o mau. Há muita delicadeza no modo como o filme é feito e em como as coisas nos são apresentadas ou apenas ao de leve sugeridas. O estado de dúvida em que nós, juntamente com os personagens, estamos, também nos ajuda a perspectivar as coisas de outra maneira. E no fim, e apesar das capas que cada um de nós veste no seu dia-a-dia, resultado das nossas vivências, percebemos que até mesmo o mais empedernido de nós nunca é completamente a preto-e-branco…
É também dessa esperança na humanidade que nos fala o filme…
É também dessa esperança na humanidade que nos fala o filme…
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